sábado, 30 de abril de 2011

Educação Estética

"Meu Maio"

Vladimir Maiakovski

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!

 1° de Maio! Dia de luta...
Manifestações do Primeiro de Maio de 1886

Do chão da Quadra


Abaixo, posto mensagem de um companheiro da Educação Física que pediu exoneração de seu cargo na Universidade, após intensas perseguições políticas...
Fica para todos nós a indignação e o protesto frente àqueles que continuam oprimindo os que lutam por uma sociedade justa e igualitária....
Força na luta sempre, Professor Lauro!

Camaradas, amig@s, companheir@s de luta,

inicialmente gostaria de agradecer todas as declarações e moções durante a nefasta sindicância e posteriormente Processo Administrativo Disciplinar. Não foram momentos fáceis dentro de uma universidade que há muito perdeu sua condição de elemento de luta dentro do contexto do sistema político-econômico em que vivemos.

Como diria o Camarada Lênin o professor que conseguiu o seu "carguinho" almejado deixará de lado sua indignação frente a tantas injustiças sociais.

Não entrei na universidade em troca de um salário ou para ter um doutorado que aumente os meus vencimentos (este é o discurso da maioria), entrei nesta batalha com toda carga teórica que sustentou minha vida inteira, e não posso ser incoerente com que o penso e o que faço. Percebi que no meu espaço de trabalho, especificamente em Cuité/PB,  as articulações e forças políticas estavam esgotadas, por isso fiz questão de citar o final de "Germinal" (apresento sem problemas as minhas limitações como um dos elementos das desarticulações existente, além de outros fatores).

Etienne lutou bravamente nas minas de carvão francesa. Seguiu sua consciência e conseguiu enxergar todas as contradições de um sistema que degrada o ser humano e leva ao patamar de miséria milhões de pessoas. Naquele momento histórico o personagem principal de Germinal teve que seguir em frente, caminhar, buscar outras formas mais amplas de luta - das minas de carvão restaram-lhe enormes aprendizados, derrotas, amores (as questões subjetivas também pesam nestas horas), pessoas que o apoiaram, pessoas que ficaram à mercê de sua partida. Mas, como já foi dito, ninguém é insubstituível e como diria o Comandante Ernesto Guevara, outros lugares terão os meus modestos esforços no sentido de construir uma sociedade mais digna, mais humana, mais fraterna - distante deste capitalismo devastador que transforma pessoas em objetos e valores monetários.

Sei que esta minha posição foi unilateral, não foi construída e nem dialogada com tantas pessoas e entidades (em especial a ADUFCG e toda a diretoria sempre presente) que sempre estiveram ao lado da luta concreta que estamos travando ao longo da história. Como diria Gonzaguinha “e hoje, depois de tantas batalhas, a lama nos sapatos é a medalha que ele tem para mostrar” – e temos que encarar estes momentos de descenso como natural, especialmente quando não optamos por estar ao lado dos cooptados de todo tipo.

Não vejo que desisti, não enxergo que recuei, apenas acredito que é preciso “dar um passo para trás, para poder dar dois passos para frente” (Lênin) e continuar nesta luta até o fim dos nossos dias. Eles não venceram, continuaremos com o nosso compromisso histórico de combater, denunciar e vislumbrar uma mudança radical deste sistema podre que nos cerca.

Camaradas, por coerência, a universidade brasileira não é mais, para mim, um local da luta política, mas tenham certeza que estaremos fortalecendo os bastiões da resistência onde quer que estejamos.

Como disse o Comandante Camilo Cienfuegos, em plena luta da Sierra Maestra, “aqui ninguém se rende!”.

Em homenagem a tod@s @s camaradas que deram suas vidas, em 1871, nas trincheiras da Comuna de Paris,

saudações,

Lauro Pires Xavier Neto

“(...) seguiu pela estrada por algum tempo, absorto. Muitas idéias fervilhavam dentro dele. Mas teve uma sensação de ar livre, de céu aberto, e respirou longamente. (...) Pensava em si, sentia-se forte, amadurecido por sua dura experiência (...). Sua educação estava terminada, partia armado, como soldado intelectual da revolução, tendo declarado guerra à sociedade, tal como a via e condenava. (...) Já se via na tribuna, triunfando com o povo, se este não o devorasse antes.
(...) Decididamente, tudo se estragava quando havia luta pelo poder. (...) Teria razão Darwin, o mundo não seria mais que uma batalha, os fortes devorando os fracos, para o embelezamento e a continuidade da espécie?
(...) Depois, no dia em que fossem multidão, no dia em que milhões de trabalhadores se apresentassem diante de alguns milhares de desocupados, tomar o poder, ser os donos. Ah! Que despertar da verdade e da justiça!
(...) Por todos os lados as sementes cresciam, alongavam-se, furavam a planície, em seu caminho para o calor e a luz. Um transbordamento de seiva escorria sussurrante, o ruído dos germes expandia-se num grande beijo. E ainda, cada vez mais distintamente, como se estivessem mais próximos da superfície, os companheiros cavavam. Sob os raios chamejantes do astro rei, naquela manhã de juventude, era daquele rumor que o campo estava cheio. Homens brotavam, um exército negro, vingador, que germinava lentamente nos sulcos da terra, crescendo para as colheitas do século futuro, cuja germinação não tardaria em fazer rebentar a terra". (Germinal. Émile Zola)

Ilmo. Sr. Secretário de Recursos Humanos da UFCG
Campina Grande, 27 de abril de 2011
Requeiro exoneração do cargo de professor Assistente II da Universidade Federal de Campina Grande,
Atenciosamente,

Lauro Pires Xavier Neto
SIAPE 1439971        CPF 917499214-72
Esta documentação segue via fax e sedex

O Mundo em Desenho

2016 é logo ali...
         2014 é logo aqui...
 É logo...
             ..
              .
               .
Rio,
Brasil,
E a turma do funil...

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Boletim (In)Formativo 07:

Novo Blog sobre esporte

BLOG: Rio, Cidade Sportiva


Rio, Cidade Sportiva nasceu da conjugação de vários interesses.
Do ponto de vista sentimental, é uma iniciativa de um carioca apaixonado pelo Rio de Janeiro, uma forma de declarar seu amor à cidade. É também inspirado no trabalho de muitos blogs e fotologs que contribuem para a divulgação e preservação da memória da “Mui Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”.
Do ponto de vista profissional, é uma iniciativa relacionada as ações do“Sport”: Laboratório de História do Esporte e do Lazer, grupo de pesquisa ligado ao Programa de Pós-Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mais especificamente, é um dos produtos do projeto “Fotos Esportivas”, que procura catalogar/indicar fotos que tenham alguma relação com o esporte, disponíveis na internet.
O intuito de Rio, Cidade Sportiva é ser um espaço de difusão científica. Tenho investigado o tema desde a preparação de minha tese de doutorado, na qual procurei discutir os primeiros momentos da prática esportiva na à época capital brasileira (o livro com os resultados a investigação foi lançado em 2001, pela Editora Relume Dumará, com apoio da Faperj).
Com esse blog pretende-se contribuir para a divulgação dessa história, do forte relacionamento que se tem estabelecido entre o Rio de Janeiro e o esporte: se algumas das peculiaridades dessa cidade, fruto de sua situação histórica, foram fundamentais para a conformação e o desenvolvimento dessa prática, a prática também foi de grande importância para forjar um jeito carioca de ser: é o Rio de Janeiro uma cidade verdadeiramente “sportiva”.
Serão divulgadas fotografias que apresentem algo sobre o esporte no Rio de Janeiro, algumas de maneira bem óbvia, outras nem tanto. Podem também ser publicados outros tipos de materiais: charges, cartazes, literatura, qualquer coisa que nos ajude a perceber a fascinante relação entre a cidade e a prática esportiva.
O intuito é sempre informar o máximo possível sobre a fonte: de onde foi retirada, por quem foi produzida, em qual lugar pode ser encontrada, local, época. Os comentários não serão longos, antes buscam captar a curiosidade do leitor.
A atualização do blog será quinzenal, sempre nos dias 1 e 15 de cada mês. Pode haver posts extras, dependendo da urgência do assunto e do tempo do administrador.
É importante ressaltar: esse blog é uma iniciativa acadêmica e não tem qualquer interesse comercial.
Caso haja alguma imagem e/ou informação que desrespeite ou incomode a alguém ou a algum direito autoral, basta entrar em contato que estudaremos a sua remoção e/ou reformulação. Também estou a disposição para quaisquer contatos em:



sexta-feira, 29 de abril de 2011

Boletim (In)Formativo 06

XI CONGRESSO ESPÍRITO-SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 

APRESENTAÇÃO

O Congresso Espírito-Santense de Educação Física é  um evento de caráter profissional e acadêmico. Tem sido organizado e realizado pelo Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo (CEFD/UFES), desde 1994, com a finalidade de integrar os professores/profissionais formados na área, em atuação no Espírito Santo, com a comunidade acadêmico-universitária do estado. 
Deixou de ser realizado após a sua sexta edição, em 1999 e, em 2004, foi retomado como o modo de a Universidade Pública afirmar seu compromisso com o processo de formação inicial e continuada de professores/profissionais de Educação Física críticos e reflexivos.  
Constitui-se como um dos principais fóruns de formação docente e de socialização de saberes e fazeres em Educação Física e como um canal permanente de diálogo entre a universidade, a comunidade e a sociedade, aproximando a produção acadêmico-científica das necessidades encontradas no cotidiano das práticas de intervenção profissional nos diferentes contextos.  Ao reconhecer os estudantes, professores, profissionais, pesquisadores, gestores como protagonistas do evento, o congresso prioriza os conhecimentos produzidos por  eles e a troca de experiências e soluções de problemas entre pares. 
Em 2011, o XI Congresso Espírito-Santense de Educação Física abordará o tema Educação Física nas políticas públicas: trabalho e gestão integrada com o objetivo geral de mobilizar a comunidade afeta a estas práticas e políticas no campo, particularmente pela via da análise e discussão das suas experiências de intervenção e gestão, a fim de compartilhá-las e geri-las de forma integrada.

conesef_ufes@yahoo.com.br

Mesas 
● Conferência de Abertura 
Tema – Educação Física nas políticas públicas: trabalho e gestão integrada
Data: 27/06/2011 
Horário: 18h30 às 22h 
Local: Teatro da UFES 
Conferencista: Prof. Dr. Sávio Assis de Oliveira (CBCE/PE) 
● Mesa 1 
Tema – Educação Física nas políticas públicas de lazer: trabalho e gestão integrada 
Data: 28/06/2011 
Horário: 14h às 16h30 
Local: Teatro da UFES 
Debatedores: Prof. Dr. Ricardo Terra  e Prof. Dr. Fernando Mezzadri (UFPR) 
● Mesa 2 
Tema – Educação Física nas políticas públicas de educação básica: trabalho e gestão 
integrada 
Data: 28/06/2011 
Horário: 14h às 16h30 
Local: Cine Metrópolis 
Debatedores: Prof. Dr. Tarcisio M. Vago (UFMG) e Profª. Drª. Eliza Ferreira (UFES) 
● Mesa 3 
Tema – Educação Física nas políticas públicas de saúde: trabalho e gestão integrada 
Data: 29/06/2011 
Horário: 14h às 16h30 
Local: Cine Metrópolis 
Debatedores: Prof. Dr. Alexandre Palma (UFRJ) e Prof. Dr. José Geraldo Mill (UFES) 
● Mesa 4 
Tema – Educação Física nas políticas públicas de esporte: trabalho e gestão integradaData: 29/06/2011 
Horário: 14h às 16h30 
Local: Teatro da UFES 
Debatedores: Prof. Dr. Cesar Leiro (UFBA) e Profª. Ms. Cássia Damiani (Ministério 
do Esporte) 
● Mesa 5 
Educação Física nas políticas públicas no Brasil e  na Colômbia:  perspectivas 
comparadas 
Data: 29/06/2011 
Horário: 18h30 às 22h 
Local: Teatro da UFES 
Debatedores: Prof. Dr. Lino Castellani Filho (Unicamp) e Prof. Dr. William Moreno 
Gómez (Universidad de Antioquia) 
● Mesa 6 
Educação Física no Espírito Santo: avaliação dos últimos dez anos de formação no 
Estado 
Data: 30/06/2011 
Horário: 14h às 16h30 
Local: Teatro da UFES 
Debatedores: Coordenadores dos cursos de Educação Física do Espírito Santo

Maiores informações

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Boletim (In)Formativo 05

VII Congresso Goiano de Ciências do Esporte

Data: 03 a 05 de Junho de 2011

Local: UniEvangélica - Anápolis - GO

DATA LIMITE PARA ENVIO DE TRABALHOS: 16 de maio de 2011

O Congresso Goiano de Ciências do Esporte – CONGOCE – é um evento promovido pela Secretaria de Goiás do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Esse Congresso é realizado a cada dois anos e tem por finalidade aglutinar estudantes e professores de Educação Física em torno dos processos de produção e socialização do conhecimento científico.
O VII CONGOCE constituiu-se, ainda, como espaço estratégico da atual gestão da Secretaria de Goiás do CBCE para interiorizar o Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, fomentado e promovendo o debate, a articulação e a socialização em torno das questões políticas e acadêmicas que envolvem a Educação Física local e nacional, tais como o compromisso social da ciência e a atual dicotomia dos cursos de formação de professores de Educação Física.

Secretaria Estadual de Goiás do CBCE


Boletim (In)Formativo 04

SEDF divulga comunicado sobre reajuste dos professores e orientadores

http://blogdowashingtondourado.wordpress.com/

28/04/2011

A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal informa aos professores e orientadores educacionais, ativos, aposentados e pensionistas, que o Governo do Distrito Federal protocolou na Câmara Legislativa do DF, o projeto de lei que regulamenta a proposta de reajuste da Carreira Magistério Público do DF.
O projeto de lei foi aprovado na sessão realizada na noite desta quinta-feira(28/04) e a Secretaria de Administração Pública procederá ao devido pagamento, em folha suplementar, a ser creditado no mês de maio.
SUGEPE
Secretaria de Educação do Distrito Federal Assessoria de Comunicação

Do Blog do Washington Dourado

Boletim (In)Formativo 03

Copas 2014: de quem é o comando?

Depois da reunião do ministro Orlando Silva com a presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira, bateu o pavor na turma do Ministério do Esporte.
        O dia de ontem foi de reuniões da cúpula do gabinete ministerial. Portas fechadas, cochichos, cabeças baixas, olhares tristes, semblantes preocupadíssimos.
        Já não há dúvidas de que o Palácio do Planalto chegou ao limite de suportar a imobilidade geral. O anúncio da privatização dos aeroportos, contrariando a ideologia pestista, é a demonstração de que o governo, no desespero, começou a reagir.
        Evento bilionário desejado por vários países, a Copa do Mundo no Brasil transformou-se, prioritariamente, num fato político. Pior: numa disputa política.
        O Brasil conquistou a Copa 2014 no dia 30 de outubro de 2007. Orlando Silva riu e aplaudiu. Mas que equipe ele montou para cuidar do assunto há quatro anos? 
        Sejamos sinceros: quem são os principais nomes do Ministério do Esporte na área técnica para cuidar do assunto Copa do Mundo? Não temos isso. Quando se aperta, o ministro manda contratar uma “consultoria”, pois ocupou os seus principais cargos com apadrinhados políticos.
        E no Governo central, que  estrutura o Presidente Lula deixou para o governo que assumiu em janeiro último?
O ministro Orlando mostrou-se impotente para enfrentar prefeitos e governadores no diálogo que envolve disputas partidárias, acordos de bancadas, conchavos que beneficiam amigos, interesses com empreiteiras.
Esta é a situação, falta liderança no comando das questões da Copa.  Até aqui, o jogo da bola perde de goleada para a imprevidência política.
Do Blog do José Cruz

terça-feira, 26 de abril de 2011

RECORDAR É VIVER 02

NOTA DE REPÚDIO

CONFERÊNCIA DISTRITAL DE ESPORTE / 1º DE MAIO DE 2010

No dia 1º de Maio de 2010, Dia do Trabalhador, foi realizada a Conferência Distrital de Esporte, na cidade de Brasília, no centro de Convenções Ulysses Guimarães. O evento teve como objetivo o estabelecimento de ações e metas a serem encaminhadas para Conferência Nacional de Esporte com vistas à criação e implementação do Plano Decenal de Esporte e Lazer pelo Ministério do Esporte. Além disso, foram eleitos 15 delegados, que representarão o DF na etapa nacional.
Uma data marcada pela comemoração aos direitos trabalhistas, duramente conquistados pela mobilização e reivindicação da classe trabalhadora, não teve o que festejar em relação à realização da Conferência Distrital de Esporte. Os lastimáveis acontecimentos que marcaram a Conferência representam a consubstanciação de problemas existentes ao longo de toda a organização do evento, inclusive nas etapas regionais que precederam o encontro.
As dificuldades enfrentadas pela Comissão Organizadora Distrital, no que concerne à alimentação, divulgação, transporte e infraestrutura, salvo o esforço e comprometimento de uma parcela da Secretaria de Esporte do GDF e da ajuda substancial do Ministério do Esporte, engendraram uma série de limites que acabaram se materializando na falta de mobilização e participação na Conferência Distrital. Não obstante todas as barreiras impostas, um significativo número de delegados/conferencistas se fizeram presentes no evento, representando as várias entidades de todos os campos ligados ao desenvolvimento do esporte e lazer no DF, demonstrando enorme interesse com os rumos da política nacional e local para atendimento a esses setores.
Todavia, nem todos os conferencistas/convidados que compareceram ao evento estavam dispostos a debater democrática e respeitosamente as questões referentes ao esporte e lazer do DF. Essa conclusão é fruto das atitudes e discursos de cunho sectário e egoísta empreendidas por parte do público presente na Conferência Distrital de Esporte.
Desde a abertura dos trabalhos no período da manhã, verificou-se que um grupo de estudantes da Universidade Católica de Brasília (UCB), na sua maioria cursando os primeiros semestres do curso de Educação Física, foram ingênua e irresponsavelmente conduzidos ao evento por alguns de seus professores, representantes do Conselho Regional de Educação Física (CREF 07), e um membro do CONFEF, o que dificultou o bom andamento dos debates em alguns grupos de trabalho no período da manhã.
O que pode se perceber é que os estudantes foram, equivocada e intencionalmente, persuadidos a pensar que Conferência Distrital teria como objetivo a discussão de uma provável revisão da Lei nº 9.615/1998 (Lei Pelé), que em sua análise teria como intuito acabar com a profissão de Educação Física. Além disso, esses mesmos alunos foram instruídos a se oporem a quaisquer delegados que não compactuassem com os interesses clientelistas e corporativistas presentes na Educação Física, o que gerou um clima tenso e segregador, que em momento algum contribuiu com o enriquecimento dos debates realizados durante o evento.
As intervenções e alocuções desses alunos demonstraram uma evidente confusão em torno de um possível fim da carreira profissional do professor de Educação Física, o que os levou a assumir uma clara postura de oposição e combate ao reconhecimento e valorização dos agentes sociais de esporte e lazer, reconhecidos e legitimados na 2ª Conferência Nacional do Esporte e que atuam nos programas e projetos sociais do Governo Federal. O CONFEF e o CREF 7 em seus discursos insistem em combater a ação desses sujeitos socais (os ditos leigos), amparados na alegação da falta de conhecimento técnico dos mesmos. Todavia, essa fala, de cunho meritocrático e descontextualizada da realidade concreta, desconsidera o processo formativo das diferentes manifestações da cultura corporal (lutas, dança, circo, esporte, capoeira, yoga etc.) para o ensino e manutenção de suas culturas tradicionais, além de suas multiprofissionalidades e multidisciplinaridades, advogando a propriedade dessas culturas ao terreno exclusivo da Educação Física. Além disso, ignora o cenário de desigualdades sociais que assola o país, bem como os limites sociais e econômicos que cerceiam o direito dos agentes sociais esporte e lazer de terem acesso à formação inicial (ensino superior).
O ponto mais elevado de todo esse clima inamistoso foi a manifestação incabível dos estudantes da UCB, que teve como claro objetivo o não prosseguimento dos trabalhos da Conferência Distrital de Esporte. Tal atitude foi propositadamente incitada pelo representante do CONFEF e membros do CREF 7 (dentre eles, alguns professores da UCB), que ao perceberem que estavam em menor número de delegados na plenária e, conseqüentemente, teriam dificuldades de aprovarem suas teses incorporadas às ações e metas a serem discutidas na Conferência Nacional de Esporte. Dessa forma, aproveitaram-se da inexperiência desses alunos para induzi-los com o intuito de interromper a continuidade da Conferência.
As dificuldades encontradas pela manhã persistiram após o almoço. No período da tarde, dando prosseguimento aos trabalhos, foram identificados e recredenciados os presentes que teriam direito a voto, uma vez que o regimento determinada que apenas aqueles que compareceram em ao menos uma conferência livre ou regional estariam aptos a ser delegados na etapa distrital e, conseqüentemente, poderiam participar da votação.
Desde o princípio da votação ficou evidente que o grupo ligado ao sistema CONFEF/CREF e a UCB, apesar do grande número de pessoas presentes, não conseguiram um elevado quantitativo de delegados, pois a maioria dos presentes não havia participado das etapas anteriores (livres e regionais) e, portanto, segundo determinação do regimento, não poderia votar, mas teria a possibilidade de acompanhar o processo com direito a fala. Diante desse cenário, na primeira votação polêmica, dentro da linha estratégica nº 2 – “Formação e valorização profissional”, o grupo unido ao sistema CONFEF/CREF foi derrotado por 54 a 31 votos.
A partir do acontecimento acima, o que se viu foi uma sucessão de fatos lamentáveis, tais como: a tentativa de tomada da mesa de condução dos trabalhos pelos estudantes; discursos inflamados e desrespeitosos; apitos e narizes de palhaços (?), assim como gritos reivindicando um direito de voto inexistente que contrapunha o regimento da Conferência; falas do membro do CONFEF e de um determinado representante do CREF 7 (e docente da UCB) dirigindo-se em tom de ameaça aos membros da plenária, chegando
por vezes a proferir palavras hostis e ameaças de agressão a outros participantes contrários a suas proposições; entre outros fatos que podem ser comprovados pelas fotos e gravações realizadas no local.
Para conseguir obter sucesso na aprovação de suas demandas clientelistas e conservadoras, que tem como objetivo principal a reserva de mercado, o CONFEF e o CREF 7, juntamente com alguns professores universitários (UCB), arquitetaram a ida dos estudantes da UCB, que saíram em ônibus (articulado pela própria comissão organizadora distrital) da instituição de ensino até o Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Cabe destacar que muitos desses estudantes não haviam participado de qualquer etapa preparatória (livres ou regionais) e, portanto, não teriam direito a participar como delegados, ou seja, teriam apenas direito a fala e não a voto. Possivelmente, este critério foi arbitrariamente ocultado dos alunos, uma vez que essas regras foram amplamente divulgadas nas etapas regionais, onde representantes/integrantes da UCB e do CREF 7 estiveram presentes.
Não é nosso intuito negar a esses alunos o direito de participação no evento, mesmo porque, temos consciência do rico papel político e pedagógico que a participação na Conferência poderia ter na formação acadêmica desses indivíduos. Ao mesmo tempo, reconhecemos o caráter educativo e cidadão presente num ato de mobilização. Contudo, todos esses valores foram comprometidos e ignorados pela atitude irresponsável dos atos presenciados na Conferência, tutelados pelos seus docentes e membros do CREF 07.
Vale destacar que não podemos atribuir à Universidade Católica de Brasília a total responsabilidade pelos acontecimentos da Conferência Distrital de Esporte, pois acreditamos que dificilmente é de conhecimento das instâncias máximas de decisão dessa instituição as ações sucedidas no último dia 1º de maio de 2010. Nesse sentindo, acreditamos que todo o ocorrido trata-se mais de uma ação isolada de alguns professores que motivados pela estreita ligação que possuem com os interesses do sistema CONFEF/CREF, utilizaram se da influência que possuíam sobre seus alunos para conduzi-los à Conferência.
É lamentável o fato de que sejam empreendidos tantos esforços em ações e reclamações fortemente vinculadas a interesses corporativos, financeiros e particularistas, relegando à segundo plano questões mais importantes que permeiam a luta pela garantia do esporte e lazer como direitos sociais. A busca por uma Educação Física melhor, mais qualificada, “mais profissional” não pode jamais estar desvinculada do propósito de construirmos uma nação e uma sociedade mais humana e menos desigual. Essa compreensão nos move a lutar sempre por uma Educação Física de qualidade social, atrelada a reivindicação pelo direito de todos a melhores condições de saúde, segurança, trabalho, educação, moradia e claro, de esporte e lazer.
Subscrevem abaixo as seguintes entidades,
Secretaria Distrital do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte – CBCE/DF
Sindicato dos Professores de Escolas Particulares do Distrito Federal – SINPROEP/DF
Centro Acadêmico de Educação Física da Universidade de Brasília – CAEdF/UnB
Central Única das Favelas – CUFA/DF
União Nacional dos Estudantes – UNE/DF
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES/DF
Federação de MuayThay Tradicional do Distrito Federal - FMT/DF
ONG Cataventos Juventude e Cidadania - CATAVENTOS
Associação Cultural e Esportiva Abarka - ABARKA
Rádio Alternativa de Planaltina – RÁDIO ALTERNATIVA

Recordar é viver 01


 Nesta seção postarei documentos históricos ou recentes da luta contra-hegemônica da Educação Física por uma sociedade justa.

CONFERÊNCIA LIVRE E POPULAR DE ESPORTE E LAZER DO DISTRITO FEDERAL

APRESENTAÇÃO

O SINPRO/ DF em aliança com a Secretaria Distrital do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, CBCE/DF, bem como com o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal, SINPROEP, com a Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, FEF/ UNB, o Centro Acadêmico da Faculdade de Educação Física da UnB e a Central Única dos Trabalhadores no DF, CUT/DF, convocaram a Conferência Livre e Popular de Esporte e Lazer do Distrito Federal, realizada nos dias 16 e 17 de Abril de 2010, na sede do Sindicato dos Professores no DF.
A 1ª Conferência Livre e Popular de Esporte e Lazer do Distrito Federal teve como tarefa estratégica a construção das bases de uma política distrital de esporte e lazer, assim como uma ampla mobilização para a participação na Conferência Distrital de Esporte, no dia 1º de maio, com vistas à participação na III Conferência Nacional de Esporte, “Por um Time Chamado Brasil”, cujo tema será: Plano Decenal de Esporte e Lazer, que acontecerá de 4 a 6 de junho de 2010.
Participaram da 1ª Conferência Livre e Popular de Esporte e Lazer do Distrito Federal cerca 130 conferencistas, que atuam na área de conhecimento da Educação Física, bem como aqueles que militam no âmbito do Esporte e do Lazer.
Coordenada pela Profa Rosilene Corrêa, Diretora do Sinpro, a mesa de abertura contou com a participação do Diretor do Sindicato dos Professores no Distrito Federal, José Antônio Gomes Coelho, da Vice-Presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, professora Drª Dulce Suassuna, do Coordenador do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, professor Dr. Fernando Mascarenhas, do Secretário Adjunto da Secretaria Distrital do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, professor Ms. Pedro Osmar Figueiredo, do Secretário de Formação, Cultura e Assuntos Educacionais do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF, professor Alexandre Felix de Araújo M. dos Santos e da Presidenta da Central Única dos Trabalhadores, professora Rejane Pitanga.
Na abertura dos trabalhos, fizeram uso da palavra o Deputado Federal Geraldo Magela (PT/DF); o Deputado Federal Rodrigo Rollemberg (PSB/DF); a Secretária Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome no segundo mandato do Governo Lula e Vice-Governadora do Governo Democrático e Popular do DF (1995-1998), Dra. Arlete Sampaio (PT/DF); o 1º Suplente da Bancada dos Deputados Federais do PT/DF, Wasny de Roure (PT/DF); o Secretário de Relação do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores e, então, candidato a vice-governador nas eleições indiretas do DF, pelo PT, Cícero Rola; a Profa Neiry, representando o mandato da Deputada Distrital Érica Kokay (PT/DF). Representando o PC do B no DF, estiveram presentes a professora Olgamir Ferreira Amâncio e o Dr. Messias de Souza, então candidatos à Vice e a Governador nas eleições indiretas ao Governo do DF.  Além disso, registra-se a presença do coordenador do Setorial de Esporte e Lazer do PT/DF, o Prof. Leandro Mota, bem como de militantes e dirigentes zonais do PT, PC do B e PSB.
Estiveram presentes entidades que desenvolvem o Programa Esporte e Lazer da Cidade nas cidades de: Cidade Estrutural; Planaltina; Recanto das Emas; Santa Maria; Sobradinho; Guará; Santa Maria; Gama; Samambaia; Ceilândia; São Sebastião, bem como, algumas cidades na região do entorno de Goiás, como: Valparaíso e Cidade Ocidental.
Como representante do Ministério do Esporte e palestrante da noite, abordando o tema “História e Significado das Conferências de Esporte e Lazer no Brasil”, tivemos a assessora especial do Ministro do Esporte e coordenadora-geral da III Conferência Nacional de Esporte, a professora Ms. Cássia Damiani.
Além disso, a 1ª Conferência Livre e Popular de Esporte e Lazer do Distrito Federal contou com a participação de professores e militantes de todas as cidades e regiões do DF, demonstrando seu compromisso com o processo de democratização da Política e em especial àquelas vinculadas ao Esporte e ao Lazer, entendendo a necessidade de participação de todos os segmentos da Sociedade Civil, engajados na construção de um Projeto de Sociedade Popular e Democrático no Distrito Federal.
A palestra de abertura foi ministrada pelo professor Dr. Edson Marcelo Húngaro com o tema: “Esporte e Lazer como Direitos Sociais”.  Houve a divisão em Grupos de trabalhos temáticos, divididos de acordo com os GTs propostos pelo próprio documento do Ministério do Esporte, para discussão e diagnóstico do DF e entorno. Após as discussões nos grupos, foi levado à plenária final para apreciação de todos os participantes na elaboração do documento final.

PROPOSTAS DE AÇÕES
1-      LINHA ESTRATÉGICA: SISTEMA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER
AÇÕES
METAS
1. Estímulo à criação e/ou consolidação de órgão gestor próprio de Esporte e Lazer nos Estados/ Distrito Federal e municípios
·                     Criar e/ou consolidar órgãos gestor próprio de esporte e lazer em 100% dos municípios com mais de 20 mil habitantes
·                    Realizar concurso público na área de esporte e lazer em âmbito nacional, distrital/estadual e municipal para constituição de quadro de servidores de carreira.
2. Instauração e qualificação de mecanismos de controle social
·                     Fortalecer o Conselho Nacional de Esporte
·                     Implantar e/ou reestruturar os conselhos nacional, distrital/estaduais e municipais esporte e lazer, garantindo a representação paritária destas práticas sociais previstas em lei.
·                     Realizar a Conferência Nacional de Esporte a cada 2 anos e Institucionalizar a realização de conferências distrital/estaduais e municipais de Esporte e Lazer a cada ano. Criar conselhos e institucionalizar as conferências em 100% dos estados e dos municípios com mais de 20 mil habitantes.
·                    Estimular a criação de Tribunais de Justiça Desportiva em todas as modalidades e apoiar os já existentes. Realizando assembléias populares em caráter consultivo e deliberativo no âmbito dos programas e políticas de esporte e lazer, legitimando e fortalecendo a democracia participativa.
3. Aprovar em Lei o novo Sistema Nacional de Esporte e Lazer
·                     Elaborar, encaminhar e aprovar no Congresso Nacional o Projeto de Lei do novo Sistema Nacional de Esporte e Lazer
·                     Elaborar, encaminhar e aprovar o Projeto de lei dos programas Segundo Tempo e Esporte e Lazer da Cidade
·                    Reestruturar e implantar o Sistema de Esporte e Lazer do Distrito Federal

2-      LINHA ESTRATÉGICA: FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL

AÇÕES
METAS
1. Criação da Política Nacional de Formação de Esporte e Lazer
·                    Criar uma política nacional permanente e continuada que garanta o cumprimento das normas do Conselho Nacional de Educação
·                    Garantir o processo de formação (inicial, continuada e permanente) em todos os níveis de escolaridade como política de Estado com co-responsabilidade da União, estados, municípios e Distrito Federal em parceria com instituições formadoras.
·                    Propor currículos ampliados que garantam a diversificação dos conteúdos da cultura corporal, considerando o caráter multiprofissional e multidisciplinar da área e a realidade local.
2. Implementação de ações de formação e valorização profissional
·                    Garantir a formação inicial de 80% dos trabalhadores dos programas sociais de esporte e lazer, federais, estaduais, municipais e distritais, bem como, a formação permanente de 100% destes.
·                    Garantir a formação inicial e continuada de 100% dos gestores e servidores públicos que atuam no setor de esporte e lazer.
·                    Propor uma política nacional de valorização profissional para o esporte e lazer, que de forma articulada, assegure melhores condições de trabalho: recursos materiais adequados e suficientes, direitos trabalhistas garantidos e formação continuada.
·                    Criar um Piso Nacional dos Trabalhadores de esporte e lazer, tomando como referência o Piso Nacional dos Professores.
3. Profissionalização e qualificação da gestão esportiva, envolvendo as universidades e redes de pesquisa.

·                    Implementar Programa de Desenvolvimento de Treinadores para o maior número possível de modalidades esportivo e para esportivo
·                    Implementar Programa de Desenvolvimento de Árbitros para formar e credenciar profissionais no maior número possível de modalidades olímpicas e paraolímpicas
·                    Desenvolver e implementar Programa de Gestão de Entidades e Instalações Esportivas.
·                    Promover a capacitação de gestores públicos de esporte e lazer.
4.Contratar e qualificar a intervenção profissional nos espaços de lazer



·                    Consolidação de equipe multidisciplinar para trabalhar nos espaços de esporte e lazer (professor de educação física, fisioterapeuta, enfermeiros, médicos, agentes comunitários entre outros) para o desenvolvimento pleno da saúde e da qualidade de vida
·                    Implementar programas intersetoriais que visem a educação, a saúde e a qualidade de vida, a prevenção da violência, a formação para a cidadania e o combate do uso ás drogas
·                    Valorizar os agentes sociais que trabalham com esporte e lazer, garantindo a consolidação de sua carreira profissional e sua formação inicial e continuada
·                    Garantia da definição do papel do professor de Educação Física como educador para atuação junto ao programa Saúde da Família
3-      LINHA ESTRATÉGICA: Esporte, Lazer e Educação
AÇÕES
METAS
1. Ampliação e qualificação do atendimento dos programas sociais do Ministério do Esporte.



·                    Implantar e qualificar o programa segundo tempo em todas as escolas públicas brasileira respeitando os princípios da autonomia e da gestão democrática da Escola, bem como o seu Projeto Político Pedagógico.
·                    Implantar e qualificar o Programa Esporte e Lazer da Cidade em todos os municípios brasileiros, estabelecendo sub-metas bienais para a realização plena.
2. Ampliação das ações Intersetoriais dos Programas do Governo Federal

·                    Instituir em todos os municípios a implantação de núcleos PRONASCI/PELC para todas as faixas etárias.
·                    Instituir o Programa Segundo Tempo em 100% das escolas do Programa Mais Educação – MEC, respeitando os princípios da autonomia e da gestão democrática da Escola, bem como o seu Projeto Político Pedagógico.
3.Desenvolvimento do Esporte Escolar e Universitário

·                    Instituir núcleos universitários de esporte nas instituições de Ensino Superior e núcleos de esporte escolar no Ensino Médio nos Institutos Federais de Educação Tecnológica, respeitando as demandas dos Centro Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e Grêmios Estudantis.
·                    Aprimorar a realização das Olimpíadas Universitárias/ Jogos Universitários Brasileiros, das Olimpíadas dos Institutos Federais e das Olimpíadas Escolares/ Jogos Escolares Brasileiros
4.Desenvolvimento  de Festivais, Jogos, Lazer  e Competições Escolares

·                    Desenvolver jogos e festivais esportivos municipais, regionais e nacionais, a partir de ações para o lazer.
·                    Envolver toda comunidade educativa em Jogos Populares para democratização do lazer e da atividade física.
·                    Incentivar ações de resgate das culturas tradicionais, festejos, cantigas, brinquedos populares.

4-      LINHA ESTRATÉGICA: ESPORTE, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

AÇÕES
METAS
1. Promoção de ações de qualidade de vida e de saúde coletiva
·                    Implantar ou potenciar programas intersetoriais de atividade física, esporte e lazer em espaços públicos dos municípios brasileiros, tendo em vista, a promoção da saúde em sua plenitude, a prevenção da violência e estímulo a cultura da paz.
·                    Estimular programas intersetoriais de esporte e lazer para a promoção da saúde nos projetos educativos formais, priorizando as escolas públicas, e não formais, priorizando os programas educativos sociais.
·                    Propor articulação de foros locais, envolvendo os setores da sociedade civil, para a implementação e gestão democrática de ações que favoreçam o acesso da população aos espaços de esporte, lazer e saúde.
2. Ampliação, manutenção e qualificação de espaços públicos de esporte e lazer
·                    Incentivo à implantação, manutenção e qualificação de equipamentos públicos para a prática de esporte e lazer, como academias nas praças, ciclovias, skates parques, patinódromos, entre outros, com garantia de programas sociais de acesso e democratização dessas práticas.
·                    Construir, reconstruir e/ou reativar espaços públicos na cidade e em ambientes naturais que favoreçam a prática de atividade física, esporte e lazer como pistas de caminhada em parques, praças, lagos, montanhas, praias, entre outras.
·                    Fomentar políticas de preservação dos espaços públicos de esporte e lazer levando em consideração a preservação cultural e ambiental.
3. Fomento ao aumento de prática de esporte e lazer da população

·                    Estimular projetos e programas de esporte, lazer e qualidade de vida, que visem à democratização do acesso a atividades físicas, priorizando o atendimento às demandas sociais dos trabalhadores.
·                    Estimular a implementação, junto aos estados e municípios, de políticas que favoreçam o uso de vias públicas para a prática de atividade física e do lazer nos fins de semana e feriados locais e nacionais com programas de democratização do acesso.
·                    Incluir atividades culturais regionais brasileiras (capoeira, vanerão, frevo, etc.) como prática regular de atividade de lazer nos espaços públicos e escolas.

5-      LINHA ESTRATÉGICA: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇAO

AÇÕES
METAS
1. Promoção da gestão democrática da ciência tecnologia e inovação do esporte e lazer
·                    Implantar o Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em Esporte e Lazer, articulando as ações do Ministério do Esporte a de outros Ministérios, Universidades, Fundações de Apoio e órgãos de fomento.
·                    Criação de uma Comissão de Ciência Tecnologia de Esporte e Lazer no âmbito do Conselho Nacional de Esporte.
·                    Aprofundar a interlocução com o Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte e com a representação da Educação Física junto a CAPES na gestão participativa das políticas de ciência, tecnologia, inovação do esporte e lazer.
2. Ampliação do apoio às pesquisas para a qualificação de políticas públicas de esporte e lazer
·                    Ampliar em 100% a cada ano o apoio ao fomento de pesquisas desenvolvidas pelas redes CENESP e CEDES do Ministério do Esporte.
·                    Criar o Fundo Setorial do Esporte com 10% dos repasses ao esporte de loterias esportivas e prognósticos, 2% dos recursos provenientes de projetos captados por meio da Lei de Incentivo e 100% dos recursos provenientes de projetos captados e não utilizados.
·                    Criar para além da rede CENESP destinadas a pesquisas do esporte de alto rendimento, da rede CEDES voltada ao esporte recreativo e de lazer, criar uma nova rede voltada ao esporte escolar.
·                    Promover igual distribuição dos recursos de fomento a pesquisa entre as redes de pesquisa do Ministério do Esporte.
3. Avaliação continuada das políticas públicas de esporte e lazer
·                    Formação de um Fórum intersetorial, que garanta a participação democrática dos agentes envolvidos na política nacional de esporte e lazer, a fim de se construir instrumentos de avaliação que sustentarão o Sistema Nacional de Avaliação do Esporte e Lazer.
·                    Realizar o Diagnóstico Nacional do Esporte a cada 4 anos.
4. Potencialização das redes de pesquisa e formação
·                    Implantar centros e núcleos de pesquisa em todas as regiões brasileiras.
·                    Reequipar e reestruturar 100% as Redes CENESP e CEDES.
·                    Desenvolver experiências de transferência de tecnologia de programas esportivos sociais e de lazer.
·                    Incentivar e ampliar os grupos de estudos vinculados ao Programa Segundo Tempo e Programa Esporte e Lazer da Cidade fortalecendo a relação com as universidades.
5. Construção de laboratórios de pesquisas e inovações tecnológicas no esporte
·                    Criar laboratórios para o Centro Nacional de Treinamento Esportivo.
6. Promoção da difusão do conhecimento do esporte e lazer
·                    Implantar os Centros de Documentação e Informação nas 5 regiões brasileiras.
·                    Consolidar e ampliar o Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social.

6-      LINHA ESTRATÉGICA: ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO

AÇÕES
METAS
1. Promoção do esporte de rendimento para projetar o Brasil como potência esportiva mundial
·                    Ficar entre os 10 melhores colocados nas Olimpíadas e entre os 5 melhores colocados nas Paraolimpíadas, projetando o Brasil em outras Competições Internacionais.
2. Implantação do Plano
de Alto Rendimento
·                    Implantar Plano de Alto Rendimento contínuo a partir de planejamento integrado por modalidades, com pleno entendimento das necessidades e oportunidades de cada uma das modalidades.
·                    Implantar as Câmaras Técnicas das modalidades esportivas e paradesportivas construindo visão integrada com o conjunto dos atores sociais que atuam no campo do esporte de alto rendimento (Clubes, Ligas, Federações, Confederações, Universidades, Centros de Pesquisas e o Poder Público Federal, Estadual/Distrital e Municipal).
·                    Implantar a Rede Nacional de Treinamento nas 05 regiões brasileiras, envolvendo todas as estruturas nacionais.
3. Implantação de uma Política Nacional de Educação, Prevenção e Controle de Dopagem
·                    Instituir a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD)
·                    Desenvolver políticas e ações de prevenção e educação sobre dopagem
·                    Implantar o Controle de Dopagem no Programa Bolsa Atleta
5.Respeito às diferentes dimensões esportivas

·                    Garantir que os investimentos do Esporte de Alto Rendimento respeitem os critérios previstos da legislação esportiva, bem como o texto Constitucional
6. Promoção da Iniciação Esportiva de Base



·                    Concentrar a revelação de talentos esportivos nas vilas olímpicas (cidades esportivas), preservando o espaço escolar e os programas sociais esportivos
·                    Estender o Programa Descoberta de Talentos Esportivos para crianças/jovens com deficiências
7.Criação, renovação e manutenção de espaços e equipamentos públicos de esporte e lazer
·                    Investir recursos federais na criação e manutenção de espaços públicos esportivos e de lazer, restringindo a forte especulação imobiliária presente no DF e no Brasil
·                    Garantir o acesso da comunidade local aos espaços públicos de esporte e lazer.
8. Criação de mecanismo de controle social para acompanhamento do gasto público no esporte de alto rendimento
·                    Criar conselho de Esporte e Lazer com ampla representatividade, que participe da construção da política esportiva federal, estadual/distrital e municipal

7-      LINHA ESTRATÉGICA : FUTEBOL

AÇÕES
METAS
1.Consolidação dos direitos do torcedor
·                    Implantar uma política nacional de segurança e prevenção da violência nos estádios de futebol e no entorno das arenas, co-responsabilizando torcedores e responsáveis pela segurança pública.
·                    Normatizar laudos técnicos e criar caderno de encargos das instalações dos estádios de futebol no Brasil.
·                    Criar estratégias para publicização e transparência na aplicação do Estatuto do Torcedor.
2.Qualificação do futebol profissional
·                    Capacitar e qualificar a atuação dos dirigentes esportivos envolvidos com o futebol profissional
·                    Incentivar a criação de mecanismos de gestão participativa e democrática na Confederação, Federações, Ligas e Clubes esportivos ligados ao futebol, permitindo alternância nas diretorias.
3. Valorização do Futebol enquanto patrimônio Cultural

·                    Incentivar, apoiar e valorizar o Futebol amador (futebol de várzea).
·                    Promover o tombamento dos espaços históricos do futebol brasileiro.
·                    Cobrar das Confederações, Federações e Clubes, a criação de mecanismos de sustentabilidade e proteção aos ex-atletas que fazem parte da história do futebol brasileiro que se encontram desamparados
4. Democratização do acesso as transmissões dos jogos de Futebol
·                    Promover a democratização da transmissão esportiva, garantindo horário apropriado aos jogos

8-      LINHA ESTRATÉGICA: FINANCIAMENTO DO ESPORTE

AÇÕES
METAS
1. Ampliação do orçamento do esporte
·                    Propor um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) para vinculação de 2% do orçamento para o esporte, de todos entes federativos.
·                    Propiciar incentivos fiscais para os investimentos em infraestrutura e equipamentos para o desenvolvimento esportivo nacional.
2. Consolidação da Lei de Incentivo ao Esporte
·                    Prorrogar a Lei de Incentivo para 2020.
·                    Implantar, de imediato, leis de incentivo em todos os estados brasileiros e DF.
·                    Destinar 2% dos recursos provenientes de projetos captados por meio da Lei de Incentivo e 100% dos recursos provenientes de projetos captados e não utilizados para a criação do Fundo Setorial de Esporte e Lazer.

9-      LINHA ESTRATÉGICA: INFRAESTRUTURA ESPORTIVA

AÇÕES
METAS
1. Construção e reforma de quadras nas escolas e
Universidades Públicas
                    Implantar a infraestrutura esportiva qualificada e adequada em 100% das Universidades Públicas e em 100% dos Institutos Federais de Educação Tecnológica.
                    Assegurar em 80% das escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio, que tenham acima de 200 alunos, equipamento adequado para prática esportiva.
                    Construir e cobrir quadras esportivas em todas as escolas públicas de ensino fundamental e médio e universidades públicas.
2. Construção e manutenção permanente de equipamentos de esporte nas cidades
                    Construir Praças Multiuso pra toda a comunidade em todos os municípios com mais de 20 mil habitantes.
                    Construir e qualificar equipamentos adequados à prática esportiva em 100% dos municípios brasileiros com garantia de manutenção permanente.
                    Assegurar as normas de acessibilidade em 100% dos equipamentos construídos.
·                    Propor alterações na legislação especifica para viabilizar a recuperação da estrutura esportiva de clubes e associações esportivos sociais.
3. Criação e modernização de Centros de Treinamento Esportivos
·                    Criar centros locais e regionais de alto rendimento, abrangendo todas as unidades da federação.
·                    Maximizar o uso da infraestrutura instalada, equipando os Centros Esportivos existentes para o desenvolvimento e treinamento no maior número possível de modalidades esportivas, para-desportivas e não esportivas.
4. Implantar uma política de gestão e ocupação de
equipamentos esportivos
·                    Garantir padrão de qualidade dos equipamentos públicos de esporte e lazer em todos os municípios brasileiros.
·                    Promover a gestão compartilhada dos equipamentos públicos de esporte e lazer, envolvendo todos os setores sociais e a sociedade civil.
·                    Garantir a qualidade da ocupação dos equipamentos públicos por meio da implementação de programas educativos de esporte e lazer.
·                    Instalar e qualificar processos de participação popular democrática na escolha dos equipamentos públicos, finalidades e escolhas de áreas adequadas a realidade da comunidade a ser atendida.
5. Garantia de acesso a Estrutura Esportiva
·                    Assegurar e Incentivar que a comunidade tenha acesso gratuito a estrutura esportiva e de lazer das escolas e universidades públicas.

10-  LINHA ESTRATÉGICA: ESPORTE E ECONOMIA

AÇÕES
METAS
1. Geração de trabalho formal e renda diretos e indiretos
·                    Ampliar os postos de trabalho formal com a realização de grandes eventos esportivos como os Mundiais Militares em 2011, a Copa do Mundo em 2014, as Olimpíadas em 2016
·                    Ampliar a construção de infraestrutura esportiva e de lazer.
·                    Estimular a captação e realização de feiras internacionais
·                    Fortalecer a indústria nacional de produção de materiais e equipamentos esportivos e de lazer.
2. Estímulo ao desenvolvimento da cadeia produtiva do esporte
·                    Propiciar incentivos fiscais para os investimentos em infraestrutura pública e equipamentos para o desenvolvimento esporte e lazer nacional.
·                    Reduzir a carga tributária sobre produtos e equipamentos esportivos e de lazer nacionais
·                    Apoiar os arranjos produtivos locais que estimulem o relacionamento entre as micro, pequenas e grandes empresas do esporte.
·                    Estimular a organização nacional dos setores da indústria, comércio e serviços do esporte e lazer.
3. Conhecimento sobre a cadeia produtiva do esporte e do lazer no Brasil
·                    Realizar e difundir estudos sobre o impacto do esporte e do lazer na economia nacional e o mapeamento da cadeia produtiva do esporte e do lazer
·                    Estimular a produção de conhecimento sobre as possibilidades de desenvolvimento da cadeia produtiva do esporte sobre as bases da economia solidária.
4. Vinculação aos investimentos sociais dos recursos públicos repassados às empresas vencedoras de licitação
·                    Estipular, Instituir ou implantar contrapartida de empresas ganhadoras de licitações e responsáveis por obras, serviços em mega eventos esportivos ou eventos afins.
·                    Instituir, nos editais, que empresas ganhadoras de licitações destinem verba para comunidades que desenvolvem o esporte e lazer.


ESTAS PROPOSTAS DAS ETAPAS LIVRES FORAM ENVIADAS E CONSTAM NO CADERNO DE RESOLUÇÕES DA ETAPA NACIONAL