segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Arquivos Pedagógicos: Escola Candanga


“Houve uma vez um verão pedagógico, Samambaia, 1998 – Com Carlos Mota”

16/09/2012
O texto e o vídeo abaixo foram enviados pelo professor Mário Bispo e resgata um pouco do trabalho do professor Carlo Mota, que no dia 12 de setembro completaria 49 anos. Entretanto, o texto e o vídeo também resgata um pouco do espírito da equipe pedagógica da SEDF naquele momento, responsável pela elaboração e implantação de ideias inovadoras e identificadas com a luta popular, algo escasso de hoje em dia. Entre 95 e 98 nossa categoria teve muitos momentos de embates com o Governo, mas e inegável que as iniciativas pedagógicas empolgavam, mobilizavam e apontavam para a construção de algo novo.
WD
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 “Houve uma vez um verão pedagógico, Samambaia, 1998  - Com Carlos Mota”
Por: Mário Bispo
Na segunda metade da década de 90, na rede pública de ensino do Distrito Federal, vivíamos a experiência da Escola Candanga, projeto pedagógico do Governo Democrático e Popular liderado por Cristovam Buarque. Na Regional de Samambaia, tive o privilégio de estar à frente da equipe responsável por coordenar a implementação daquele projeto: a SCP (Seção de Coordenação Pedagógica) A SCP era composta de profissionais dedicados, intuitivos e inspirados na frase de Jean Cocteau (“não sabendo que era impossível, foi lá e fez”) eram capazes de proposições surpreendentes, aparentemente inexequíveis, como por exemplo, a reunião, durante o verão de 1998, dos mais de quatrocentos professores de Samambaia recém contratados sem direito às férias. Eles participariam de oficinas, debates e palestras sobre coordenação pedagógica, interdisciplinaridade, Escola Candanga.
Dorcas de Castro, a diretora da regional, concordou com a proposta do evento cuja coordenação geral ficaria sob a responsabilidade da articuladora e chefe substituta da SCP Celina Gonçalves, pois, eu entraria de férias. Mas, ela não estaria sozinha, na realidade, lideraria uma equipe única, fantástica constituída por coordenadores como Rogério, Noelma, Paulo Geovani, Keila, Moises, Ubiratan e ainda contaria com o apoio de alguns professores requisitados das escolas na organização do evento.
 Hoje, treze verões depois, “o futuro não é mais como era antigamente” (Renato Russo),. nós vivemos numa época marcada pelo pragmatismo, pela ausência de um projeto educacional, pela visão reducionista da função política da escola. Uma época, na qual, se pode afirmar, parafraseando Bertold Brech, que falar sobre pedagogia, didática e planejamento se tornou “quase um crime”. Por isso, é importante utilizarmos as redes sociais para lembrar que, na cidade de Samambaia, em 1998, houve uma vez um verão pedagógico.
 Porém, com essa série de dez vídeos, mais que suscitar comparações, se busca provocar recordações. Recordação significa em latim, “de novo ao coração”, então, queremos trazer de volta aos corações, palavras, imagens e gestos de profissionais como Sirlene Queiróz, Maria Luiza Angelim, Patrícia, Francisco José (Mano), Cleyton Gontijo, Kátia Cristina, Marisa, Cintia e o saudoso: CARLOS RAMOS MOTA!

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