quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Regional de Ensino do Paranoá promove 5º ExpoBia



Evento reúne trabalhos produzidos por alunos da educação infantil e séries iniciais durante o ano letivo de 2012
O Caic Santa Paulina recebeu nesta quarta-feira (7) a mostra da 5ª edição Expobia do Paranoá. Cerca de duas mil crianças, professores, gestores e pessoas da comunidade prestigiaram o evento que reúne trabalhos realizados por alunos das 22 escolas e duas creches conveniadas da Regional de Ensino do Paranoá.
De acordo com os organizadores, o ExpoBia foi criado pela SEDF com o objetivo de proporcionar a troca de experiências exitosas no âmbito do chamado Bloco Inicial de Alfabetização (BIA). Com o sucesso da experiência, a mostra passou a ser feita também com a educação infantil e séries iniciais em todas as Regionais de Ensino.
Ricardo Gonçalves Pacheco, coordenador da Regional de Ensino do Paranoá, destacou o nível de mobilização dos professores e estudantes, assim como a qualidade dos trabalhos apresentados na exposição. “No ExpoBia as crianças têm a oportunidade de apresentarem os seus trabalhos e, ao mesmo tempo, prestigiarem a produção de outros colegas. É uma forma de valorizarmos todo um processo desenvolvido nas escolas e mostrar que fazemos educação de qualidade”, comenta. O coordenador ressaltou, ainda, que a infraestrutura e a logística montadas para o evento denotam a valorização da SEDF no tocante ao trabalho das escolas. “Para se ter uma ideia, temos 14 escolas localizadas em zona rural. Algumas delas distantes 50 ou 80 quilômetros de onde estamos. Para muitos alunos esta é uma oportunidade e tanto para socializar conhecimentos adquiridos”, avalia.
Além dos estandes das escolas, os participantes puderam conferir também os trabalhos da Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem, que conta com dez psicólogos e 13 pedagogos e a oficina do Núcleo de Tecnologia Educacional. “A ideia da oficina é aproximar crianças e professores das ferramentas tecnológicas como recurso pedagógico”, explica a professora Maria Goretti Vulcão.
Produção
Em todos os estandes das escolas os projetos de leitura reinam absolutos. Mas há um diálogo alegre, colorido e muito criativo com o teatro, com as artes plásticas, com a música e outras formas expressivas.
Reconto, releitura de obras de arte são algumas das práticas desenvolvidas pelas escolas. Momentos em que os alunos entram em contato com autores e artistas investigam palavras, traços, significados. Depois vão contar para o mundo o que entenderam. E contam de várias formas.
Na EC Lamarão, uma escola rural, os livros literalmente viajam em sacolas cuidadosamente preparadas. É o projeto “Viajando na leitura”. Na volta dessa viagem, as crianças têm um roteiro de produção – releitura, biografias e produção coletiva. É nesse vai e vem das socolinhas de livros que novas histórias vão sendo criadas pelos pequenos.
Em outra escola rural, EC Alto Interlagos, uma grande vitória – a produção do jornal Interkids. A publicação é fruto da vontade e do esforço coletivo da escola. Com diagramação cuidadosa, o leitor tem uma mostra do potencial da comunidade que preza o conhecimento. Notícias do Paranoá, poema coletivo, dicas de alimentação saudável. Tem até notícias da Escola de Pais do Brasil. De acordo com a orientadora educacional da unidade de ensino, Lilian Chaul,a experiência de produção do jornal é um grande desafio e também a mostra da mobilização da comunidade.
“A Joaninha diferente” foi a história escolhida por professores do CEI 01 para trabalhar o tema respeito às diferenças. “Nossa escola trabalha com educação inclusiva. Por meio das histórias, do teatro, as crianças aprendem desde cedo a lidar com as diferenças”, explica a professora Juliana Brasil, uma das joaninhas da peça apresentada no palco do ExpoBia.
Paz, respeito, verdade, responsabilidade, amor, são algumas das palavras que povoam o imaginário dos alunos da EC 05. Trata-se do projeto Valores, trabalho interdisciplinar da escola. “É um momento de reflexão dos alunos e de toda a escola. Temos encontros mensais com as famílias e uma série de ações nas salas de aula. Para os alunos do 1º ano foi criada a caixinha de valores, com perguntas e respostas”, diz a professora Juliana Moreira. Segundo ela, os professores têm autonomia para a escolha dos temas e o projeto é um sucesso na escola.
Devidamente paramentados, os alunos da EC 01 dançaram o Vira. “Foi maravilhoso apresentar esta dança para todas as crianças. Aprendemos muitas coisas do nosso país e de outros também”, comenta a aluna Ana Beatriz Campos, 9 anos.
Para o diretor do Caic Santa Paulina, a troca de experiências bem sucedidas entre as escolas é fundamental e contribui para a qualidade do ensino. “É um privilégio sediar a 5ª edição da ExpoBia. O Paranoá está mostrando o compromisso e envolvimento da nossa comunidade escolar”, avalia.
“A produção apresentada nesta mostra denota um percurso muito interessante das escolas”, diz a coordenadora do Centro de Referência em Alfabetização (CRA), Ana Bernadete Campos Guimarães. Segundo ela, a semente do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa já vem sendo plantada no DF por meio do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), projeto da SEDF. A coordenadora lembra que o Proletramento, curso de formação para o BIA, é um pré-requisito para os professores que serão formadores do Pacto Nacional. “Muitos dos nossos professores que atuam no Proletramento serão formadores do Pacto”, explica ela.

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