sábado, 28 de julho de 2012

O jogo não é para todos


Por Carla Rodrigues | Para o Valor, do Rio

AP / APCompetidores na Vila dos Atletas, em Londres: para Ida, em grandes eventos, a reestruturação urbana é pouco comprometida com a população local
"Cidades feridas" é um termo com o qual a antropóloga americana Ida Susser, da Universidade da Cidade de Nova York, trabalha há uma década e dá título a um de seus livros. Sob essa denominação, está em questão a combinação entre crise e direcionamento de investimentos de forma pouco democrática. "Pânico e ameaças são pretextos para que o setor público se abra a investimentos privados e limite a participação da sociedade", afirma Ida. O resultado seria uma reestruturação urbana pouco comprometida com a população local e muito orientada pelos interesses do capital. É sobre esse tema que Ida fez sua apresentação, Deslocamentos para o espetáculo global: remodelar a "cidade ferida", no seminário internacional Deslocamentos, Desigualdades e Direitos Humanos, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) neste mês.
De interesse dos brasileiros, em geral, e dos paulistanos e cariocas, em particular, Ida Susser estuda as transformações urbanas orientadas pelos investimentos em megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada. Nesta entrevista, ela critica a maneira como governos dão prioridade a investimentos em áreas turísticas e relegam comunidades pobres à invisibilidade, numa agenda pautada pelos interesses do capital privado que descaracteriza o ambiente urbano: "A realização de grandes eventos é útil para o capital, mas não é necessária do ponto de vista do interesse público". Leia trechos a seguir.
Valor: Muitas das grandes cidades estão em transformação, sejam impulsionadas pelo aporte de dinheiro para megaeventos, sejam empurradas pela crise econômica. Quais são os principais resultados de suas pesquisas nas cidades que já sediaram grandes eventos mundiais, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos?
Ida Susser: Em Atlanta, que sediou os Jogos Olímpicos de 1996, a consequência foi o deslocamento da população urbana pobre, historicamente afro-americana, para a construção dos estádios. Alguns aspectos da crise financeira na Grécia de hoje e a ameaça às finanças da zona do euro resultam das enormes dívidas contraídas para o cumprimento dos requisitos da construção dos estádios para sediar os Jogos Olímpicos de lá. Na Cidade do Cabo, em Durban, em Joanesburgo e em outros lugares, os principais estádios foram construídos para atender às necessidades da Fifa, em detrimento de áreas históricas. Durante os jogos, havia policiamento extra, ônibus e todos os serviços municipais foram dedicados ao futebol, a um custo grande para a cidade. De fato, os estádios são magníficas criações arquitetônicas, que serviram ao seu propósito, e milhões de fãs assistiram aos jogos e gostaram deles. A África do Sul provou ter qualidade e competência para sediar um evento mundial, mas, apesar de os recursos sul-africanos terem sido dedicados a essa competição, possivelmente aumentando o turismo, não está claro se isso trará mudanças a longo prazo. Os 40% dos pobres e desempregados na África do Sul não tinham acesso aos lugares nos estádios, e recursos que poderiam ter ido para habitação e saúde foram usados no espetáculo global. Desde então, a desigualdade na África do Sul tem permanecido a mesma ou até aumentado.
"A realização de grandes eventos é útil para o capital, mas não necessária do ponto de vista do interesse público", considera Ida Susser
Valor: Existe algum tipo de legado que os investimentos em um grande evento podem deixar para uma cidade?
Ida: Grandes estádios vazios, deslocamento de população do centro para as margens e a invisibilidade dos pobres. A realização de grandes eventos é útil para o capital, mas não necessária do ponto de vista do interesse público. Repito o argumento de Paul Krugman em seu livro mais recente ["End This Depression Now!"]: mesmo sem os grandes eventos, pode-se facilmente investir em obras públicas para crescer, uma regra simples da economia keynesiana.
Valor: Sua pesquisa faz referência aos investimentos de Nova York na candidatura a sede da Olimpíada de 2012, que ocorre agora em Londres. Em que medida uma cidade pode aprofundar as desigualdades econômicas a partir do direcionamento dos recursos para um evento como a Olimpíada?
Ida: No Brooklyn, a possibilidade de sediar os Jogos Olímpicos deu ao prefeito a legitimidade e o apoio corporativo para fazer novo zoneamento de uma área urbana ocupada por trabalhadores, principalmente por uma minoria pobre e latino-hispânica. Eles foram deslocados para a construção de novas moradias voltadas para pessoas que ganham mais de US$ 200 mil por ano. Na verdade, esse é o critério para o investimento em locação de imóveis. Houve uma coalizão da comunidade que lutou por habitação a preços acessíveis e pelos que reivindicaram acesso ao rio e a construção de novos parques públicos, o que acabou por reverter um pouco dessa tendência.
Valor: Além da Copa do Mundo, o Brasil vai receber a Olimpíada de 2016, que será realizada na segunda maior cidade do país, o Rio, já particularmente marcada por desigualdades sociais e econômicas. Que tipo de dinâmica urbana leva ao aprofundamento dessas desigualdades?
Ida: A ideia neoliberal de que investir em privatização e nos interesses corporativos para, de algum modo, ajudar os pobres, já está muito desacreditada por economistas como Krugman e Joseph Stiglitz. Há pouco benefício para os pobres em tais investimentos, que são deslocados para áreas mais distantes, e há ainda uma recusa em financiar os serviços públicos, que são privatizados.
Valor: De que maneira um grande evento pode descaracterizar uma cidade?
Ida: Na Cidade do Cabo, foi construído um belo estádio novo. Em torno da cidade foram construídos também um surpreendente parque público e jardins botânicos. Tudo isso é uma contribuição importante para a cidade, mas foi feito na área mais rica, à qual só pessoas de alto poder aquisitivo têm acesso. O estádio em si é muito grande para a realização de atividades desportivas nacionais e, desde a Copa, raramente foi usado. No Brooklyn, uma pitoresca vizinhança que tinha atraído artistas, escritores, teatros off-Broadway e muitos bares com música ao vivo agora está parcialmente alterada para dar lugar a uma série de arranha-céus com apartamentos voltados para o rio, obstruindo a vista do público. A habitação a preços acessíveis foi deslocada para a parte de trás, como senzalas do século XIX. Os teatros e a atividade cultural foram deslocados, assim como a comunidade latina, os imigrantes poloneses e outros grupos de trabalhadores.
Valor: A partir do que constatou na África do Sul, é possível fazer prognósticos para o Brasil, onde dez cidades estão sendo preparadas para os jogos?
Ida: Não tenho certeza do que prever para o Brasil. A Copa atrai investimentos estrangeiros, mas uma grande quantidade dos lucros desses eventos vai para grandes corporações internacionais, donas dos principais hotéis. Na África do Sul era assim, não sei se isso também vale para o Brasil. No caso do futebol, a Fifa também fica com parte importante dos lucros das vendas.
Carla Rodrigues, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), é doutora em filosofia e pesquisadora do CNPq
Leia mais em:
http://www.valor.com.br/cultura/2766476/o-jogo-nao-e-para-todos#ixzz21yY364In

O espetáculo do corpo humano nesta edição da revista ESPN

Corpo e Esporte: ao natural

http://zip.net/bbg9jR

Dica: Roberto Liáo e César Leiro

Juventude e skate: Respeito é bom e a gente gosta!


Fiquei indignado ao ver esse vídeo, mas no entanto não me causa surpresa, pois para quem trabalha com o segmento da juventude, nas áreas de esporte e lazer, já conhecem a maneira como nossos jovens são tratados pelo aparato de segurança púbica (e até infelizmente, no setor da educação): como problemas!
Não me causa surpresa, mas me provoca uma profunda indignação e utilizo esse espaço para repudiar enfaticamente que devemos respeitar nossos jovens, que possuem direitos que são violados cotidianamente. 
A juventude que se identifica com um elemento da cultura corporal, como o skate, merecem serem tratados dignamente pela sua condição humana!
Eu boto fé nessa juventude!
Viva o skate! Viva a radicalidade!
Guarda municipal que agrediu skatista será demitido
O guarda municipal suspeito de agredir o skatista Pedro Henrique 'Neném', no Parque do Madureira, subúrbio do Rio, já foi afastado de suas funções e será demitido. As informações foram divulgadas pela própria Guarda Municipal, por meio de nota, na manhã desta quinta-feira (26).
O vídeo publicado no Youtube pelo jornalista e também skatista Sérgio Teles, na noite desta quarta-feira(25), mostra um guarda municipal chutando o jovem skatista de Volta Redonda, conhecido como 'Neném' durante uma manobra aérea na recém inaugurada pista de skate de Madureira. O skatista é lançado por cerca de 4 metros no ar até tombar no chão.
Segundo Teles, Pedro Henrique já executou aquele salto diversas vezes sem qualquer problema. Ele conta que o guarda havia advertido que a manobra poderia machucar o próprio skatista ou alguém próximo:
"Foi bizarro o que aconteceu. O garoto é competidor, está mais do que acostumado com esse tipo de salto. É uma pista de skate e quem deveria se preocupar era o próprio skatista."
Veja o vídeo:
O autor do vídeo conta que não houve qualquer hostilidade com os agentes antes da agressão, e que os guardas municipais têm um comportamento hostil com skatistas. Segundo ele, só havia crianças e jovens na pista e eles estavam enfileirados esperando o salto de Neném.
"Isso não é de hoje. Essa perseguição com os skatistas acontece desde sempre", lembrou.
Segundo caso em uma semana
No último sábado(21), um incidente parecido envolvendo guardas municipais e um skatista, em Curitiba, foi registrado em vídeo e causou revolta. Na filmagem, um guarda aparece  imobilizando o skatista Rugieri Mateus. Na sequência outro guarda chega e empurra a cabeça de Rugieri contra o chão antes de leva-lo ao posto policial.
O skatista estaria andando em alta velocidade, e ao ser advertido de que não era permitido circular de skate no parque teria respondido os guardas. Irritado eles decidiram levar orapaz.
Nota da GM
"Os integrantes da GM-Rio, após verem as imagens do Parque Madureira, repudiaram veementemente o comportamento do guarda, que não representa a Instituição, que tem como função estar ao lado do cidadão, colaborando para que os espaços públicos da cidade sejam cada vez mais democráticos e ordenados"
Tags: agressão, demissão, esportista, guarda, processo

Especialização em Coordenação Pedagógica - UFG


Inscrições Abertas - Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica


A coordenação do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica da Faculdade de Educação da UFG torna público que estarão abertas inscrições para o referido curso. As inscrições serão realizadas presencialmente nos NTEs dos polos indicados no edital, no período de 23 de julho a 07 de agosto de 2012, de segunda a sexta, das 8 às 12h. A ficha de inscrição e demais formulários já estão disponíveis.

Veja aqui o edital do curso
Ficha de inscrição
Termo de Compromisso
Requerimento de Matrícula
 
Fonte: http://www.ciar.ufg.br/v4/index.php?option=com_content&view=article&id=1083:inscricoes-abertas-curso-de-especializacao-em-coordenacao-pedagogica&catid=1:note-gerais

Curso Livre Marx-Engels


   
CURSO LIVRE MARX-ENGELS
Para visualizar o cartaz completo, clique na imagem.
Curso Livre Marx-Engels

A Boitempo Editorial, em parceria com o Centro de Pesquisas 28 de Agosto e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, promove em 2012 a terceira edição do "Curso Livre Marx-Engels". As aulas – ministradas por alguns dos mais importantes acadêmicos do Brasil – serão baseadas nos livros editados pela Boitempo e abertas a todos os interessados em ler e estudar a colossal obra desses dois filósofos.

Os professores participantes são: Alysson Mascaro, Antonio Carlos Mazzeo, Antonio Rago, Arlene Clemesha, Emir Sader, José Paulo Netto, Mario Duayer, Michael Löwy e Ruy Braga.

O curso discutirá os 15 livros da coleção Marx-Engels. Os encontros, realizados aos sábados, terão duração de 6 horas, divididos em duas aulas, uma no período da manhã e outra à tarde. As aulas acontecem a partir do dia 18/08 até 22/09, com apenas um recesso no dia 08/09.

As inscrições acontecerão entre o dia 1º e 13 de agosto pelo Blog da Boitempo. Mais detalhes sobre o processo e o formulário de inscrição serão postados no blog no dia 1º pela manhã. As vagas são limitadas. Haverá emissão de certificados.

Os livros abordados serão:

1. A ideologia alemã, de Karl Marx e Friedrich Engels
2. Manifesto comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels
3. Crítica ao Programa de Gotha, de Karl Marx
4. Sobre a questão judaica, de Karl Marx
5. Sobre o suicídio, de Karl Marx
6. Crítica da filosofia do direito de Hegel, de Karl Marx
7. O socialismo jurídico, de Friedrich Engels e Karl Kautsky
8. A sagrada família, de Karl Marx e Friedrich Engels
9. Grundrisse, de Karl Marx
10. A guerra civil na França, de Karl Marx
11. O 18 de brumário de Luís Bonaparte, de Karl Marx
12. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, de Friedrich Engels
13. Manuscritos econômico-filosóficos, de Karl Marx
14. Lutas de classes na Alemanha, de Karl Marx e Friedrich Engels
15. Lutas de classes na França, de Karl Marx e Friedrich Engels (lançamento em setembro)


Confira a programação completa aqui.


Curso Livre Marx-Engels
18/08 a 22/09 | aos sábados | das 10 às 13h (manhã) e das 14h às 17h (tarde)

Sindicato dos Bancários de São Paulo - R. São Bento, 413 | Centro (próximo ao metrô São Bento)
Com Alysson Mascaro, Antonio Carlos Mazzeo, Antonio Rago, Arlene Clemesha, Emir Sader, José Paulo Netto, Mario Duayer, Michael Löwy e Ruy Braga.
Inscrições pelo Blog da Boitempo | Vagas limitadas | Haverá emissão de certificados.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Vídeográfico interessante: atletismo


Veja a evolução dos 100 m em animação exclusiva

DE SÃO PAULO


Londres 2012  Veja no videográfico abaixo a evolução dos tempos dos atletas na prova de 100 m nos últimos 100 anos. Compare ainda como seria a corrida entre um atleta e um não atleta. Saiba ainda o que um velocista profissional faz, entre outras coisas, de diferente tecnicamente.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Teatro Transcende: Natássia Garcia

Car@s amig@s,

O Teatro Transcende acaba de publicar seu último número em
http://proxy.furb.br/ojs/index.php/oteatrotranscende .
Neste volume está publicado um artigo sobre Teatro e Educação Infantil que eu e profa. Dra. Ivone Garcia Barbosa (FE/UFG) escrevemos.
Convidamos todos a apreciá-lo e acessar outros artigos e itens de interesse!

O Teatro Transcende
Vol. 17, No. 1 (2012): O TEATRO TRANSCENDE
Sumário
http://proxy.furb.br/ojs/index.php/oteatrotranscende/issue/view/246 


Abraço,

Natássia Garcia

Os Jogos Olímpicos e a Era do Fogo


Por Alexandre Machado Rosa
Publicado 24.07.2012
Os nossos antepassados que viviam nas cavernas descobriram que uma caverna com uma fogueira dentro é uma casa melhor. Fogo é melhoria: dá luz, calor, espanta o medo, espanta os bichos. E, por acidente, eu acho, eles descobriram que com o fogo se pode fazer comida. A história da humanidade está ligada ao domínio do fogo. (Vejam o filme “A guerra do fogo“ – é divertido e instrutivo.) 1

Quando no dia 27 de julho de 2012, a chama olímpica for acesa, terão início, oficialmente, os Jogos Olímpicos de Londres, que receberá os Jogos pela terceira vez. As duas edições anteriores foram em 1908 e 1948. Essa será a 30ª edição do maior evento do esporte mundial. O ritual do fogo, que acompanha os Jogos desde a Era da Antiguidade, em Olímpia, na Grécia, talvez seja o símbolo mais autêntico que tenta manter o caráter ritualístico relacionado aos Jogos Olímpicos e a celebração da história da civilização.
A Inglaterra foi o centro do maior império da história da humanidade. Os quatro continentes, representados pelos quatro Anéis Olímpicos fizeram parte do Império Britânico. Curiosamente, foi na Inglaterra que nasceu o esporte moderno e o movimento esportivo a partir da organização dos conceitos envolvidos na esportivização da sociedade inglesa, tão bem descrito por Norbert Elias, no livro O Processo Civilizador; e Eric Hobsbawm e Edward Thompson quando traçam em seus estudos a história da classe operária e dos elementos simbólicos da modernidade, especialmente na Inglaterra, onde está o esporte.
Neste contexto, é interessante observar o significado dos mascotes dos Jogos Olímpicos em 2012. Wenlock e Mandeville fazem jus à Era do Fogo e à Revolução Industrial, presentes na história e na cultura da Grã Bretanha. Wenlock e Mandeville representam duas gotas de aço da fundição de Bolton, cidade de 140 mil habitantes e potência industrial inglesa desde os primórdios da Revolução Industrial surgida com força região metropolitana de Manchester, berço da industrialização mundial.
A mascote Wenlock foi batizada em homenagem a cidade de Munch Wenlock onde, desde 1850, ocorrem pequenas disputas olímpicas entre os habitantes, evento que também ajudou a inspirar a primeira Olimpíada da era moderna em Atenas, 1896.
Já Mendeville levou seu nome inspirado na vila de Stoke Mandeville, no condado de Buckinghamshire, região considerada o berço dos Jogos Paraolímpicos pelo fato de ter realizado uma competição paralela só para portadores de deficiência, em sua maioria mutilados de guerra, no mesmo dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 1948.
Vale lembrar que Londres sediou os primeiros jogos do pós - Guerra.  A capital inglesa havia sido um dos núcleos de resistência à ofensiva da Alemanha de Adolf Hitler e, pagou um alto preço por isto. Muitos edifícios ainda estavam em ruínas, a população vivia um racionamento alimentar e qualquer libra esterlina, a moeda local, valia uma fortuna.
O orçamento total dos Jogos de 1948 foi de 732 mil libras, um acinte para uma época de penúria. Para se ter uma idéia, nenhuma instalação nova foi construída para a edição de 1948, o inverso da Olimpíada 2012, novamente em Londres, que ostentará arenas novas em folha após gastos bilionários com infraestrutura. A Câmara dos Comuns anunciou em 2007, um orçamento de 5,3 bilhões de libras esterlinas para a construção do estádio e das infraestruturas necessárias para os Jogos, ao mesmo tempo  anunciou a reforma urbana do Lower Lea Valley, com um orçamento de 1,7 bilhão  de libras.
Participarão dos Jogos Olímpicos de Londres, 204 Comitês Olímpicos Nacionais, contra 59 países participantes em 1948.
Carruagens de Fogo
O desenvolvimento do movimento esportivo a partir da Inglaterra se espalhando pela Europa, estimulou o surgimento do movimento olímpico liderado pelo Barão de Coubertin (1863-1937), que é o titulo nobiliárquico do pedagogo e historiador francês Pierre de Frédy. Filho de aristocratas franceses, ele levou adiante o espírito impresso pela aristocracia inglesa e reproduzido em escala pela aristocracia européia e posteriormente, a sulamericana, a oriental e da Oceania.
Os valores aristocráticos traduziam na prática esportiva os ideais morais, de força e vigor físico necessários para liderar o desenvolvimento econômico e militar das nações do capitalismo e estimulava a superação os desafios impostos ao novo homem, o homem moderno e burguês.
No filme Carruagens de Fogo (Chariots of Fire, 1981) Eric Liddell (Ian Charleson) e Harold Abrahams (Ben Cross) pretendem disputá-la, mas seguem caminhos bem diferentes. Liddell é um missionário escocês que corre em devoção a Deus. Já Abrahams é filho de um judeu que enriqueceu recentemente e deseja provar sua capacidade para a sociedade de Cambridge. Liddell corre usando seu talento natural, enquanto que Abrahams resolve contratar um treinador pessoal. Ambos seguem as eliminatórias sem problemas, até que uma das classificatórias de Liddell é marcada para domingo. Ele se recusa a competir, por ser este um dia santo. Percebendo a situação, um nobre oferece a Liddell sua vaga na disputa dos 400 metros. Ele aceita e vence a corrida, assim como Abrahams. A partir de então, os dois integram a equipe do Reino Unido para as Olimpíadas.
O filme ilustra de forma brilhante a dualidade que marcou o esporte durante todo o século 20: o profissionalismo, que busca na ascensão social seu maior resultado versus o amadorismo, ancorado nos valores aristocráticos de superação, o fairplay, que era a razão dos Jogos Olímpicos da Grécia antiga, onde a capacidade de superação humana era celebrada nos jogos e rituais de reverência aos deuses do Olimpo.
Os jogos da atualidade tentam manter alguns elementos que afirmam o caráter amadorístico e de superação dos jogos, como a coroa de louros e a medalha, mas já corrompidos pelo grande negócio que se transformou o esporte atual e a busca implacável e muitas vezes a qualquer custo, inclusive com o doping, dos primeiros lugares.
Tal dualidade persistirá nos Jogos de Londres 2012. Dos mais de 11 mil atletas esperados nos jogos, a maioria é composta por profissionais que recebem financiamento para suas rotinas de treinamento e competições oriundas de patrocinadores diversos em forma de salários, muitas vezes altíssimos, coisa impensável na primeira edição dos jogos da era moderna, em 1896, na Grécia.
A delegação brasileira, por exemplo, dos 259 atletas que estarão em Londres, 111 fazem parte do programa Bolsa Atleta, um subsídio que o Governo dá a atletas, inclusive a campeões mundiais.
Os  EUA, uma das grandes potências mundiais do esporte, oferece um prêmio de US$ 25 mil (R$ 50 mil) a cada campeão olímpico. Aqueles que conquistarem uma prata terão a premiação de US$ 15 mil (R$ 30 mil), enquanto o bronze valerá US$ 10 mil (R$ 20 mil). O sonho de Coubertin virou mera utopia.
Já o Reino Unido, anfitrião dos Jogos, confirmou que não dará sequer uma libra para quem conquistar medalhas. O incentivo está no que poderão conseguir a curto ou médio prazo, na captação de patrocinadores.
_________
http://www.rubemalves.com.br/index.htm

Dica: Lino Castellani Filho

V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) / VII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial (VII ENPEE)


V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) / VII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial (VII ENPEE) é uma proposta conjunta da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial – ABPEE, e do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial – PPGEES da Universidade Federal de São Carlos- UFSCar, que consideram que o evento é uma ação importante para estimular a produção científica nessa área, divulgar o conhecimento que vem sendo produzido, promover o intercâmbio entre pesquisadores e profissionais, e atender a demanda emergente por novas práticas decorrente da diretriz política educacional de inclusão escolar adotada pelo país.
Datas Importantes
Inscrição e submissão de trabalhos - até 15/08
Publicação no site dos resultados dos trabalhos aprovados – 30/09
Prazo final para inscrição de autores dos trabalhos aprovados - 30/09

Programação

Programação Preliminar
Dia 14 de novembro de 2012 – Quarta-Feira

Mesa de Abertura

HISTÓRIAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL?
  • Prof. Dr. Isaias Pessotti (USP – Ribeirão Preto) 
  • Profª. Drª. Rosita Edler-Carvalho
  • Profª. Drª. Gilberta Sampaio de Martino Jannuzzi (UNICAMP)

Dia 15 de novembro de 2012 – Quinta-Feira

8 às 10 horas - MINI CURSOS (DURAÇÃO: 6 HORAS) 

10 às 10h15 - Intervalo

10h15 às 12h15 - MESAS REDONDAS E SIMPÓSIOS 

Mesa Redonda 1 
Políticas de Escola e de Currículo: anotações para a inclusão escolar do alunado com deficiência na Educação Básica
  • Profª. Drª. Rita de Cássia Barbosa Paiva Magalhães (UFRN)  
  • Profª. Drª. Fabiany de Cássia Tavares Silva (PPGEdu UFMS) 
  • Profª. Drª Regina Célia Linhares Hostins (PPGE UNIVALI) 

Simpósio 1
Educação Física Escolar: estratégias para inclusão
  • Prof. Dr. Manoel Osmar SEABRA Junior (UNESP/ Presidente Prudente)
  • Prof. Dr. José Francisco Chicon (UFES)
  • Profª. Drª. Graciele Massoli Rodrigues (ESEF- Jundiaí e Univ. São Judas)

Simpósio 2 
A educação de estudantes com altas habilidades / superdotação no Brasil
  • Profª. Drª. Zenita Cunha Guenther (Universidade Federal de Lavras) 
  • Profª. Drª. Soraia Napoleão Freitas (UFSM) 
  • Profª. Drª. Isa Regina dos Santos Anjos (UFS)

Mesa Redonda 2

Didática/metodologia de ensino no atendimento às pessoas com necessidades especiais
  • Profª. Drª. Cristina B. Feitosa de Lacerda (UFSCar)
  • Profª. Drª. Anna Maria Lunardi Padilha (UNIMEP) 
  • Profª. Drª. Adriana Laplane (UNICAMP) 

Simpósio 3

Arte, Educação e Educação Especial
  • Profª. Drª. Lúcia Helena Reily (UNICAMP)
  • Profª. Drª. Solange Leme Ferreira (UEL)
  • Profª. Drª. Maria Lúcia Batezat Duarte (UDESC)

Simpósio 4
Programas de intervenção em habilidades de leitura e escrita
  • Profª. Drª. Maria del Carmen Santos Fabelo (Universidade Autônoma de Ciudad Juárez/México) 
  • Profª. Drª. Deisy G. de Souza (UFSCar)

12h15 às 14h - Intervalo para o almoço


14 às 16h - SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL 

16 às 16h15h - Intervalo 

16 às 18h - MESAS E SIMPÓSIOS


Mesa Redonda 3 
Educação Especial no Campo
  • Profª. Drª. Ivanilde Apoluceno de Oliveira (UEPA)
  • Profª. Drª. Marilda Bruno (UFGD)
  • Profª. Drª. Katia Regina Moreno Caiado (UFSCar)

Simpósio 5
Estudantes com Autismo e a perspectiva da Inclusão Escolar
  • Profª. Drª. Débora Regina de Paula Nunes (UFRN) 
  • PhD Judith Le Blanc (Kansas University- Centro Ann Sullivan do Perú)

Mesa Redonda 4
Deficiência Múltipla: a família como mediadora
  • Profª. Drª. Nelma de Cássia Silva Sandes Galvão (UFBA)
  • Lília Giacomini (AHIMSA)
  • Profª. Drª. Susana Maria Mana de Aráoz (UBRA-JI PARANÁ)

Mesa Redonda 5
O Desafio de Ensinar português para estudantes surdos: interfaces LIBRAS/Português
  • Profª. Drª. Ana Claudia Balieiro Lodi (USP-RP)
  • Profª. Drª. Audrei Gesser (UFSC)
  • Profª. Drª. Sandra Patrícia de Faria do Nascimento (UnB)

Mesa Redonda 6
Perspectivas para estudantes com necessidades educacionais especiais na Educação Infantil
  • Profª. Drª. Manuela Sanches Ferreira (Escola Superior Educação do Politécnico do Porto - Portugal)  
  • Profª. Drª. Maria Augusta Bolsanello (UFPR)
  • Profª. Drª. Sonia Lopes Victor (UFES)

Simpósio 6
Avaliação escolar e a perspectiva da educação inclusiva
  • Profª. Drª. Anna Augusta Sampaio de Oliveira (UNESP - Marília) 
  • Profª. Drª. Márcia Denise Pletsch  (UFRRJ)
  • Profª. Drª. Sueli Fernandes (UFPR) 

18h15 às 19h30 - SESSÕES DE PÔSTERES CIENTÍFICOS E REUNIÃO DA ABPEE 

18h15 às 19h30 - SESSÕES DE PÔSTERES INSTITUCIONAIS 

19 às 20h – LANÇAMENTOS DE LIVROS 

Dia 16 de novembro de 2012 – Sexta-Feira

8 às 10 horas - MINI CURSOS (DURAÇÃO: 6 HORAS) 

10 às 10h15 - Intervalo 

10h15 às 12h15 - MESAS REDONDAS E SIMPÓSIOS

Mesa Redonda 7
Famílias de crianças com necessidades educacionais especiais: características e desafios
  • PhD Liliana Mayo (Centro Ann Sullivan do Perú)
  • Profª. Drª. Silvia Regina Ricco Lucato Sigolo (FCL/UNESP/Araraquara)
  • Profª. Drª. Fabiana Cia (UFSCar)

Mesa Redonda 8
Inclusão no Ensino Superior: das políticas públicas aos desafios institucionais
  • Profª. Drª. Lucia Pereira Leite (UNESP/Bauru) 
  • Profª. Drª. Laura Ceretta Moreira (UFPR)
  • Prof. Dr. Francisco Ricardo Lins Vieira de Melo (UFRN)

Simpósio 7
Sistema de apoio na educação de alunos com deficiência intelectual
  • Profª. Drª. Maria Amelia Almeida (UFSCar)
  • Prof. Dr. Miguel Augusto Meneses da Silva Santos (Escola Superior Educação do Politécnico do Porto - Portugal)
  • Profª. Drª. Alexandra Ayach Anache (UFMS)

Simpósio 8
Observatório Nacional de Educação Especial em ação: um recorte das salas de recursos multifuncionais e do atendimento educacional especializado em alguns estados
  • Profª. Drª. Lúcia de Araújo Ramos Martins (UFRN)
  • Profª. Drª. Denise Meyrelles de Jesus (UFES)
  • Profª. Drª. Hildete Pereira dos Anjos (UFPA)

Simpósio 9
A Tecnologia Assistiva a Serviço da Educação Especial
  • Profª. Drª. Miryam Bonadiu Pelosi (UFRJ)
  • Profª. Drª. Percy Nohama (PUC/PR)
  • Profª. Drª. Teófilo Galvão Filho (UFBA)

Mesa Redonda 9
Filantropia, política e instituições especializadas em Educação Especial no Brasil.
  • Prof. Dr. Claudio Roberto Baptista (UFRGS)
  • Prof. Dr. Reginaldo Célio Sobrinho (UFES)
  • Profª. Drª. Rosana Glat (UERJ)

12h15 às 14h – Intervalo para o almoço 

14 às 16h - SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL 

16 às 16h15- Intervalo 

16 às 18H- MESAS E SIMPÓSIOS

Simpósio 10
A pesquisa sobre sistema de comunicação alternativa e ampliada no Brasil
  • Profª. Drª. Débora Deliberato (UNESP – Marilia)
  • Profª. Drª. Cátia Walter (UERJ)
  • Profª. Drª. Leila Regina D’Oliveira de Paula Nunes (UERJ)

Simpósio 11
Experiências instituintes em educação inclusiva: confluência entre políticas & práticas
  • Profª. Drª. Mônica Pereira dos Santos (UFRJ)
  • Profª. Drª.Therezinha Guimarães Miranda (UFBA - Região Nordeste)
  • Profª. Drª . Dulcéria Tartuci (UFG-Catalão)

Mesa Redonda 10
Surdocegueira: interação, comunicação e linguagem
  • Profª. Drª.Shirley Rodrigues Maia (AHIMSA- Grupo Brasil)
  • Profª. Drª.Fatima Ali Abdalah Abdel Cader-Nascimento (UniDF) 
  • Maria Bove (a confirmar)

Mesa Redonda 11
Deficiência, empregabilidade e envelhecimento humano
  • Prof. Dr. Serge Ebersold (INSHEA-FRANÇA/UNESCO)
  • Profª. Drª. Maria Candida Soares Del Masso – UNESP/Marília
  • Profª. Drª. Juliane Ap. de Paula Perez Campos (UFSCar)

Simpósio 12
Educação Especial e Educação Matemática
  • Profa. Dra. Siobhan Victoria Healy (UNIBAN)
  • Prof. Dr. João dos Santos Carmo (UFSCar) 

Mesa Redonda 12
Reorganização do ensino em tempos de inclusão
  • Profª. Drª. Marcia Duarte (UFSCar)
  • Profª. Drª. Tárcia Regina da Silveira Dias (Centro Universitário Moura Lacerda/Ribeirão Preto)
  • Profª. Drª. Elsa Midori Shimazaki (UEM)

18h15 às 19h30 - SESSÕES DE PÔSTERES CIENTÍFICOS E REUNIÃO DA ABPEE 

18h15 às 19h30 - SESSÕES DE PÔSTERES INSTITUCIONAIS  

19 às 20 horas – CONFRATERNIZAÇÃO 

Dia 17 de novembro de 2012 – Sábado

8 às 10 horas - MINI CURSOS (DURAÇÃO: 6 HORAS) 

10 às 10h15 - Intervalo 

10h15 às 12h15 - MESAS REDONDAS E SIMPÓSIOS

Mesa Redonda 13
Políticas de Educação Especial: sobre novas diretrizes, relação público-privado e implicações para as práticas escolares
  • Profª. Drª. Rosângela Gavioli Prieto (USP)
  • Profª. Drª. Mônica Magalhães Kassar (UFMS)
  • Profª. Drª. Enicéia Gonçalves Mendes (UFSCar)

Simpósio 13
A educação de estudantes com deficiência visual no Brasil
  • Profª. Drª. Silvana Maria da Silva Moura (UFMA)
  • Profª. Drª. Cecília Guarnieri Batista (UNICAMP)
  • Profª. Drª. Elcie Aparecida Fortes Salzano Masini (MACKENZIE)

Mesa redonda 14

Educação Especial na EJA
  • Profª. Drª. Windiz B. Ferreira (UFPB)
  • Profª. Drª. Dulciana Dantas (UFRN) (a confirmar)

Mesa Redonda 15

A Produção Cientifica na Educação Especial Brasileira
  • Prof. Dr Sadao Omote (UNESP- Marília)
  • Profª. Drª. Valdelúcia Alves da Costa (UFF)
  • Prof. Dr Antônio Carlos do Nascimento Osório (UFMS) (a confirmar)

Mesa Redonda 16

Sexualidade e Deficiência
  • Profª. Drª. Ana Cláudia Bortolotti Maia (UNESP - Bauru)
  • Profª. Drª. Celia Rossi (UNESP - Rio Claro) 

Mesa Redonda 17

Formação de professores especializados a distância: limites e possibilidades
  • Profª. Drª. Rita Figueiredo Vieira (UFCE) (a confirmar)
  • Profª. Drª Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins (UNESP- Marília)
  • Profª. Drª. Nerli Nonato Ribeiro Mori (UEM)

Mesa Redonda 18

Disseminação de conhecimento em Educação e Educação Especial: uma avaliação do ponto de vista dos editores de periódicos científicos
  • Prof. Dr. Eduardo José Manzini (UNESP/-Editor da Revista Brasileira de Educação Especial)
  • Profa Dra. Maria Inês Naujorks (UFSM/ Editora da Revista Educação Especial)
  • Profa Dra. Marta Araújo (UFRN/Editora da Revista Educação em Questão) (a confirmar)

14 às 16h 

Mesa Redonda 19
Perspectivas para a Educação Especial no Brasil: política e práticas
  • Prof. Dr José Geraldo Silveira Bueno (PUC – SP)
  • Prof. Dr Marcos José Mazzotta (USP/Mackenzie)
  • Claúdia Dutra (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão /MEC) (a confirmar)

16 às 17h – MESA DE ENCERRAMENTO - BALANÇO GERAL DO V CBEE

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Educação Estética: A Arte, a Sociedade e o Esporte


Banksy reaparece com duas novas artes para os Jogos Olímpicos 2012

Bem em tempo das Olimpíadas, dois novos Banksy surgiram em Londres.
Uma interpretação em stencil dos Jogos, que nesses dias que antecedem está enfrentando todo tipo de protesto.

Guigo in London 2012

Tenho o prazer de divulgar o site de um amigo que formou comigo em Educação Física na UnB, que após fazer a cobertura das Olimpíadas de Beijing 2008, está agora em Londres para acompanhar de perto os Jogos Olímpicos de 2012.

De forma despretensiosa, vai desvelando as emoções e aventuras em um quase "diário de bordo". Acompanhem, vale a pena: 

Guigo em London 2012

E os Jogos ainda nem começaram...

 

Não vou me alongar muito, pois eu acredito que o site é mais pra gente trocar uma idéia dos Jogos Olímpicos. E ainda faltam muitos dias!

Mas hoje estão acontecendo algumas coisas bem legais relacionadas aos Jogos.

1. Fui novamente na Switerzland House. É um espaço muito legal pra divulgar a cultura do país. Eles estão chocolates Lindt for free, canivetes suíços personalizados e uma agenda de eventos, shows e atrações muito maneira. Vale conferir quem estiver por aqui, ou por aí: www.houseofswiterzland.org
E até um canivete de chocolate.

2. Fui na Casa Brasil hoje. De muito interessante, a meu ver, são as logos dos próximos jogos.

Esse é o símbolo dos Jogos, e deu uma confusão danada. Mas está tudo resolvido.

Essa aqui é a logo dos Jogos Paralímpicos. Muito maneira!

Um aspecto bem positivo dos Jogos aqui em Londres que eu tenho percebido é o grau de igualdade que eles têm dado aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Primeiro com os mascotes que são apresentados sempre juntos e até eu tenho visto mais Mandeville na cidade que o Wenlock! E até nas fotos e logos a gente vê muito as duas coisas juntas e misturadas. Muito legal isso...
Mas quanto ao resto, a Casa do Brasil não é lá essas coisas. Deixa a desejar pensando que seremos a próxima sede dos Jogos.
3. Outro aspecto importante de hoje é com relação à venda e compra de ingressos. O povo brasileiro está começando a chegar... e no nosso grupo no facebook, cada vez mais eu vejo o "desespero" na corrida pra cada um garantir os seus ingressos e até mesmo pra se desfazer dos ingressos já adquiridos e que não interessam mais...

Deixa eu contar um pouco. No Brasil só existe uma agência credenciada para venda de ingressos. E as vendas iniciaram no ano passado, ou seja, compramos muitas coisas sem ao menos saber quem seriam as equipes... Por esse motivo nós temos alguns ingressos que não nos interessam mais... E de igual modo, muitos que decidiram vir de última hora estão sedentos por qualquer ingresso. Além do que os viciados por Jogos estão querendo os melhores ingressos!!! Essa corrida por ingressos vai até a última hora... Vamos ver o que vai acontecer ainda.

Finalizo com algumas fotos do dia:


Guigo em #London2012

Em 07 de Setembro de 2008 eu publiquei o último post de um blog de sucesso em todo o Brasil (www.guigobeijing2008.blogspot.com).

Foi uma chance que criei para que amigos e familiares participassem comigo de um evento de grandiosidade estratosférica: os Jogos Olímpicos de Beijing.
A realização de um sonho naqueles dias foi narrado com muita dificuldade. Lembro de voltar para o hotel (que nem mais lembro o nome) de madrugada e ainda assim enfrentar uma fila no saguão pra conseguir utilizar o único computador disponível e com maior dificuldade ainda baixar fotos, acessar o blog e postar minhas aventuras e emoções do dia ou dos últimos dias...
Ontem estava conversando com meu pai lembrando dessas dificuldades de comunicação na China e celebrando que dessa vez poderei postar fotos, vídeos e impressões quase em tempo real. Isso pode ser bom ou ruim... Vou me esforçar para fazer disso um aspecto positivo.

Hoje cheguei em Londres! Para reviver as emoções dos Jogos Olímpicos. Sinceramente não sei se vai ser melhor (aqueles dias na China foram certamente os melhores da minha vida), mas sei que serão dias intensos de emoção, de muitas coisas pra se ver e se fazer, muita gente antiga, nova e querida!
Pra começar a aventura, embarquei no mesmo avião que trouxe a seleção brasileira de volei feminino. Foi a última medalha de ouro que comemorei em 2008, no ginásio! Essa da foto não estava lá naquele dia, a Dani Lins vem pela primeira vez para os Jogos Olímpicos. Ia dar umas dicas pra ela mas essa família da frente não deu sossego pra ela... Mas creio que esse foi um bom sinal da viagem. Pra mim e pras meninas, claro!
Não vou me alongar muito porque esse é o post de abertura. Mas ao chegar na minha sensacional residência oficial em Londres (obrigado ao Web Jones) fui logo passear na beira do Tâmisa.
Eu hired a bike e pedalei por umas 2 horas. Depois fui ver um show "The Royal Family of Strange People". Enfim fui ao Tesco fazer as compras e vim pra casa jantar. Conto tudo isso porque foi no final dessa jornada que, ao chegar no apto, recebi uma msg de um grande amigo sugerindo um blog com minhas impressões e fotos!

Estou aqui pra falar de Jogos, atletas e torcedores... E espero vcs por aqui também!

E faltam 5 dias!

Guigo em #London2012