sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SESSÃO Tio CORUJA!

Clarice

Clareia os nossos e os dias teus
Longa será tua vida para alegria dos meus
Amada és por todos os cantos
Reacendes em nós a força da luta, pois
Índia és e serás
Carregas em ti o jeito de amar, pois
Esperança é o prato que tens para dar

Vovó Ceição

Câmara Ligada: participação do jovem na política

Aguardando o o inicio da gravação do "Camara Ligada" na TV Câmara. http://blogdopedrotatu.blogspot.com.br/ foi convidado.


 Estou participando agora da gravação do Câmara Ligada. Além da participação musical da banda FRESNO, o debate será sobre a participação do jovem na política e também contará com a presença do deputado Izalci Lucas (PR-DF) e dos convidados Pedro Markun e Diego Ramalho. O Blog do Pedro Tatu também foi convidado para 
O programa irá ao ar no dia 14/09. Não percam!!

O Câmara Ligada é apresentado por Evelin Maciel, dirigido por André Uesato e produzido por Giulianno Baeta, sob a coordenação de Mônica Montenegro.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

JANELA DA ALMA: Educação estética

Fotógrafa se especializa em registrar saltos radicais que desafiam a morte
Krystle Wright conta que sofreu lesões no corpo inteiro num desses saltos. Mergulho impressionante de base jump no deserto faz parte da coleção.

 Do G1, em São Paulo


Uma fotógrafa australiana se especializou em enfrentar situações de risco nas alturas para registrar saltos radicais pelo mundo. Krystle Wright já viajou por 24 países clicando os viciados em adrenalina, muitas vezes ela mesma enfrentando situações tão aventureiras quanto as dos fotografados.
Entre sua coleção de imagens impressionantes está o salto de base jump a 122 metros de altura do aventureiro Michael Tomchek no Deserto de Moab, em Utah (EUA). Ele pulou de cima de um local conhecido como Torre Castleton.
Aos 25 anos, a fotógrafa conta que já sofreu no corpo os desafios do trabalho. Wright já teve fraturas internas, um tendão e um ligamento rompidos, dois ossos quebrados e 10 pontos no supercílio após um acidente de paraglide no paquistão.
A foto de Krystle Wright permite imaginar um pouco da sensação que o saltador teve no momento do pulo (Foto: Krystle Wright/Caters News)

Marcha e vigília pela Educação em Brasília. Confira a programação e participe!




Fonte: http://www.sinprodf.org.br/marcha-e-vigilia-pela-educacao-em-brasilia/
No dia 5 de setembro temos um compromisso com nossas ideias, convicções e com a certeza de que só a Educação pode transformar para valer a nossa sociedade: neste dia iremos marchar em Brasília pela aprovação do Plano Nacional de Educação e fazer uma vigília na Praça dos Poderes para mostrar aos parlamentares que estamos dispostos a lutar por uma educação de qualidade para todas e todos.
Convide seus amigos, seus vizinhos, leve seus filhos, convoque suas redes sociais: se há algo que todos concordam é que a Educação é prioridade. Priorize essa luta!  Esse é um compromisso ainda maior de professoras e professores, já que somos agentes do processo e sabemos por experiência própria o quanto é necessário mais investimento para reverter o quadro atual.
As atividades começam na manhã da quarta-feira, 5, com concentração a partir das 8h na Torre de TV. De lá seguiremos na Marcha pela Educação até a Praça dos Três Poderes, no Eixo Monumental.
A partir das 18h será iniciada uma vigília pela educação, com extensa programação cultural organizada pelo Sinpro, CNTE e SAE na própria Praça. Será uma noite de muita música, poesia, debate, cinema e arte de maneira geral.
A programação não está inteiramente fechada, estão sendo acertadas outras participações, mas abaixo já se podem conferir as atrações previstas. Esses espaços ficam todos no quadrilátero da Praça dos Três Poderes.
Confira a programação no panfleto anexado.
Ajude na divulgação da atividade.

Conto com sua ajuda!

Por Rodrigo Rodrigues

Convocação do Presidente da CNTE, Professor Roberto Leão, para a Marcha Nacional da Educação:
http://www.youtube.com/watch?v=2q-tVB5tw7w&feature=player_embedded

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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Enarel 2012 – Lazer e Diversidade Cultural – São Luis, 28 a 31 de Agosto


ENAREL 2012 – LAZER E DIVERSIDADE CULTURAL – SÃO LUIS, 28 A 31 DE AGOSTO

Por Leopoldo Vaz • terça-feira, 28 de agosto de 2012 às 07:50
   
24º ENAREL – Encontro Nacional de Recreação e Lazer
“Lazer e Diversidade Cultural”
São Luís, MA – 28 a 31 de agosto de 2012
Pertencer a uma identidade cultural significa descobrir-se, ser diferente dos comportamentos globais. Por isso, patrimônios culturais intangíveis como as formas de manifestações  lingüísticas, de relacionamento, de trabalho com a terra e a tipificidade da culinária, o cultivo e o preparo do vinho, os passos das danças, os lazeres tornaram-se patrimônios da cultura e demonstram a riqueza da relação entre identidade e diversidade da cultura brasileira[1]. Retomo o exposto em 2010, quando do 22º ENAREL, ao tratar de ‘identidade’ e ‘cultura’[2].
A idéia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidademultiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua. O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de idéias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, sit uação ou ambiente. É a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período[3].
Cultura é entendida aqui como o conjunto de manifestações que dá singularidade a umdeterminado grupo social, fruto das relações sociais e da profunda interação dos homens com o meio em que vivem. Constitui-senum patrimônio material e imaterial acumulado e transformado ao longo de gerações. Um legado que não se limita a manifestações artísticas, à língua, à religião, mas se articula nos mais variados domínios da produção humana. A cultura confere uma identidade coletiva a umdeterminado grupo social, espacialmente definido e historicamente determinado[4].
Identidade é um processo em constante movimento e é o que faz com que o indivíduo reconheça a si mesmo, a priori, como parte de uma identidade coletiva, reconhecendo aos outros como iguais, estabelecendo uma relação íntima ou essencial entre ele e seu grupo. Portanto, a identidade se constrói dentro de um mecanismo que engloba a consciência de si mesmo e o reconhecimento do outro [5]. Assim, a identidade de um povo é o resultado da identidade individual e coletiva estabelecidas pelos membros de uma mesma comunidade 4.
No século XX a sensação da fragmentação da identidade, da perda das referências culturais, despertou no homem o desejo de “retorno a algo perdido”, ou seja, a necessidade de buscar manifestações culturais que pertencem a seu passado vivo, a comportamentos que deixaram de ser comuns, pois o frenesi contemporâneo exige atitudes da sociedade globalizada: “A preservação do patrimônio tem entre suas funções o papel de realizar “a continuidade cultural”, ser o elo entre o passado e o presente e nos permite conhecer a tradição, a cultura, e até mesmo quem somos e de onde viemos. Desperta o sentimento de identidade. Margarita Barreto[6] defende a ‘recriação de espaços revitalizados’, como um dos fatores que podem &ls quo;desencadear o processo de identificação do cidadão com sua história e cultura”.
Então, ao se buscar a identidade, fatalmente chegar-se-á a quem realmente se é. A essência cultural é o que une os povos, permitindo que se reconheçam como grupo, como coletividade diante de sua diversidade. A identidade irá se concretizar a partir da consciência de que a riqueza das pluralidades culturais, reveladas através da memória coletiva, está inserida no potencial de superação de marcas particulares do indivíduo. Até que ponto é possível conservar essa identidade num mundo marcado pela intensificação de fluxos globais de informação? É possível pensar em mundialização da cultura?
Costa (2002) [7] considera haver um “paradoxo das identidades culturais em contexto de globalização”: Porventura, um dos aspectos mais importantes a sublinhar é, justamente, o cruzamento de dinâmicas identitárias que este tipo de contexto urbano cosmopolita proporciona. Cruzamento que se estabeleceu entre cada uma das representações de identidade cultural nacional ali presentes e a representação de uma “síntese global” da multiplicidade cultural planetária; síntese global essa, por sua vez, “localizada” num espaço de representação que se constituiu como referente identitário privilegiado da cidade e da sociedade promotoras. (p. 23)
Da globalização cultural emergem novas identidades nacionais, regionais e locais agora com novas abordagens. Vê-se atualmente o ressurgimento das culturas populares com algumas de suas características regionais modificadas para atender um novo mercado de consumo de bens simbólicos em um mundo gerido pelos meios de comunicação, de informação e inclusive, do turismo [8].
Chamo aqui atenção, ao me referir às questões de cultura, memória, identidade regional e local, ao fato de que teremos um grande evento por estes lados: os 400 anos de São Luís. Esse fato foi primordial para que esta edição do ENAREL viesse para esta parte “de cima do mapa”, haja vista que “a Cidade do Maranhão” é um lugar de diversidade cultural, com tradição na arte, na poesia, na dança, nas manifestações folclóricas, na música, na culinária e em seu patrimônio histórico. Tudo isto demonstra a relevância de um patrimônio material e de toda uma herança imaterial que contribuiu para a obtenção do título de Patrimônio da Humanidade.
Desse modo, toda a diversidade de São Luís favorecerá as discussões no ENAREL 2012, a partir de óticas especiais, o lazer e a cultura em suas mais simples e mais complexas expressões, no reconhecimento do tema como importante e oportuno assunto para um Brasil moderno e audacioso.
O objetivo é promover a reflexão, o debate e o intercâmbio científicos, fundamentados em contribuições acadêmicas advindas de estudos, pesquisas e ações sobre o lazer e a pluralidade da cultura em suas vivências e experiências sociais; os aspectos culturais das comunidades, com suas configurações refletidas no lúdico em articulações individuais e coletivas em termos dos modos de vida, dos costumes, dos fazeres e os lazeres nos diversos espaços e tempos sociais.
Em São Luís, vamos recuperar a importância do evento. Foi o que discutimos em 2010 – Uvinha, Bramante, Leila, Giuliano, Marcellino… Ano passado veio Avaré e as conversas continuaram: como recuperar o ENAREL, tornando-o um evento que de fato, estude o Lazer… pois virara um evento voltado para a recreação, esporte de aventuras e turismo, sem maiores debates epistemológicos; estaria esgotado o modelo? O lazer deixou de ter importância enquanto campo de estudo, absorvido pelo Turismo?
Somos uma comunidade científica, aberta em pluralidade epistemológica e disciplinar, atuamos em um campo extremamente marginal e secundário na ciência e nas políticas públicas. Já não vivemos mais a época do constrangimento citado por S. Parker em falar que estudamos lazer.
A recuperação da importância estava depositada em São Luis, quando se reveria esses aspectos. Na formulação do evento, houve a participação de todos os grandes nomes para dar um cunho efetivamente científico.
É um evento com possibilidades de congregar um número maior de pessoas que trabalham e estudam recreação, lazer e temas afins, interessadas em divulgar seus trabalhos e trocar experiências: tivemos 169 trabalhos inscritos e 154 aprovados. O que demonstra a revitalização do ENAREL.
Começamos por algumas discussões, nos encontros temáticos, coordenados pelo Prof. Dr. Antonio Carlos Bramante, com os seguintes eixos:
 ET (1) Docência, Pesquisa e Extensão na Recreação e no Lazer; Coordena pela Profª Dra. Gisele Schwartz  (Unesp Rio Claro);
ET (2) Terceiro Setor na Recreação e no Lazer, sob a Coordenação do Prof. Esp. Sergio Castro (ONG Estação Eco Guanhanhã; ONG Instituto Dom Quixote; Instituto Oceanográfico USP);
o ET (3) Recreação e Lazer no Sistema “S”, Coordenador: Prof. Luiz Wilson Pina/SESC – SP;
ET (4) Gestores Privados da Recreação e Entretenimento, Coordenadores: Prof. Me. Sidnei Castro (Universidade Anhembi Morumbi) e Prof. MSc. Luiz Fernando Oliveira (Universidade Anhembi Morumbi);
ET (5) Gestores Públicos da Recreação e do Lazer, Coordenador Prof Esp. Liviomar Macatrão  (Prefeitura Municipal de São Luís-MA/SETUR – SL);
ET (6) Animadores Socioculturais da Recreação e do Lazer, Coordenador Prof. Esp. Tiago Aquino (LEL – Unesp; ABRE – Associação Brasileira de Recreadores).
A conferencia de abertura terá por tema “Lazer e Diversidade Cultural”, proferida pelo Prof. Me. Lerson Fernando Maia (IFRN).
As demais palestras estarão a cargo de Prof. Dr. Nelson Carvalho Marcellino (UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba/SP): “Barreiras intra e interclasses sociais para a prática do lazer”;
e dos participantes da mesa redonda “Educação para a Diversidade Cultural: contribuições do Lazer”, mediada pela Prof. Dra. Linda Rodrigues (UFMA), tendo como convidados o Prof. Dr. Ricardo Ricci Uvinha (USP) e o Prof. Me. Sergio Souza (UFMA).
Não fugindo à prática, serão realizadas as seguintes oficinas:
(1) – “Ritmos Maranhenses“ com o Prof. Dr. Nonato Viana (UFMA);
(2) – “Jogos Eletrônicos, Lazer, Recreação e Entretenimento”, Prof. Esp. Cleber Mena Leão Júnior  /Pesquisador do GELL/PUCPR; Membro da Confraria dos Profissionais de Lazer do Paraná; Sócio Diretor do Clube dos Recreadores; Diretor da Associação Brasileira de Recreadores no Paraná;  
(3) – “Caldeirão da Recreação com Ênfase na Motricidade Humana”, com  Prof. Me. Sergio Nassar (UFPA);
(4) – “Rodas, Brinquedos Cantados e Danças Folclóricas: Lazer e Diversidade Cultural?” sob a responsabilidade do Prof. Esp. Edinho Paraguassu/FAAP-SP;
(5) – “Jogos Teatrais e de Improviso” com Prof. Esp. Tiago Aquino (Palhaço Paçoca)  - (LEL – Unesp; ABRE – Associação Brasileira de Recreadores).
As sessões de PÔSTERS e as COMUNICAÇÕES ORAIS estão distribuídas nos seguintes eixos:
(1) – Lazer e Políticas Públicas;
(2) – Lazer, Corpo e Saúde;
(3) – Lazer, Turismo e Meio Ambiente;
(4) – Lazer, Formação e Atuação Profissional;
(5) – Lazer e Trabalho;
(6) – Lazer, Cultura e Educação.
           L 
  
[1] REIS, Fábio José Garcia dos. Patrimônio cultural: revitalização e utilização. In Fonte:http://www.lo.unisal.br/nova/publicacoes/patrimoniocultural.doc, disponível emhttp://www.etur.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=14218, 6/11/2009, acessado em 03/09/2010.
[2] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. LAZER, HOSPITALIDADE, IDENTIDADES E CULTURAS REGIONAIS E LOCAIS. Fala na Mesa Redonda 1 do 22º ENAREL – Lazer e Hospitalidade: desafios para as cidades sede e subsedes de megaeventos esportivos, tendo como tema: Lazer, Hospitalidade, Identidades e Culturas Regionais e Locais.
[4] CASTRO Cláudia Steffens de. Educação para o turismo: preservação da identidade regional e respeito à cultura imaterial. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. Outubro/ Novembro/ Dezembro de 2008 Vol. 5 Ano V nº 4, ISSN: 1807-6971, Disponível em: www.revistafenix.pro.br acessado em 09/09/2010.
[5] BETTIO, Valéria Maria da Silva. Movimento Brasileiro: crítica e nacionalismo no Modernismo. Porto Alegre: PUCRS, 2000.
[6] BARRETO, Margarita. Turismo e legado cultural. Campinas: Papirus, 2000, citada por REIS, 2009, obra citada, disponível em http://www.lo.unisal.br/nova/publicacoes/patrimoniocultural.doc .
[7] COSTA, António Firmino da. Identidades culturais urbanas em época de globalização.Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 17 n. 48, fev. 2002, citado por ALMEIDA, Bárbara Schausteck de; MEZZADRI, Fernando Marinho ; MARCHI JUNIOR, Wanderley.  CONSIDERAÇÕES SOCIAIS E SIMBÓLICAS SOBRE SEDES DE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS. In Motrivivência Ano XXI, Nº 32/33, P. 178-192 Jun-Dez./2009
[8] CASTRO Cláudia Steffens de. Educação para o turismo: preservação da identidade regional e respeito à cultura imaterial. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais. Outubro/ Novembro/ Dezembro de 2008 Vol. 5 Ano V nº 4, ISSN: 1807-6971, Disponível em: www.revistafenix.pro.br acessado em 09/09/2010

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Movimento Ocupa


Internacional| 11/07/2012 | Copyleft 

Occupy não tem idade

Os movimentos “Occupy” trouxeram um novo impulso e um novo estilo aos processos de ocupação, em escala internacionalo, a que a Alemanha e Berlim não ficaram indiferentes. Mas tradicionalmente esses movimentos sempre foram associados a jovens, hippies, punks, militantes de esquerda, ou sem-teto. Agora a cidade de Berlim está às voltas com um novo movimento de ocupação. O artigo é de Flávio Aguiar, direto de Berlim.

Berlim tem uma longa tradição de ocupações. Essa tradição se consolidou depois da queda do muro, em 1989. Já na Berlim Ocidental havia movimentos de ocupação, dirigidos para prédios abandonados – alguns desde a guerra. Com a reunificação, o movimento se estendeu para a antiga parte oriental.

O caso mais famoso dessas ocupações é o do prédio conhecido como Tacheles, em ruínas, tomado por artistas e seus ateliês, além de bares em março de 1990. Retomado em parte por uma empresa que comprou a área, uma parte dele continua ocupada, e o destino do prédio ainda é incerto.

Os movimentos “Occupy” trouxeram um novo impulso e um novo estilo aos processos de ocupação, em escala internacionalo, a que a Alemanha e Berlim não ficaram indiferentes. Mas tradicionalmente esses movimentos sempre foram associados a jovens, hippies, punks, militantes de esquerda, ou sem-teto.

Agora a cidade de Berlim está às voltas com um novo movimento de ocupação.

O objeto da ocupação é um prédio na antiga parte oriental da cidade, no bairro de Pankow, perto de um conjunto de residências onde moravam altas autoridades da Alemanha Oriental, numa rua ovalada conhecida como Majakowskiring.

O prédio em questão também teve ocupantes famosos – embora de sinistra memória: Erich Mielke e sua família, um dos chefes da temida Stasi, a polícia política da RDA. Também foi sede da própria Stasi local.

Mas os ocupantes de agora são de outra estirpe: a esmagadora maioria dos ocupantes têm mais de 70 anos – e são mulheres, em grande parte.

O objetivo da ocupação é preservar um centro de reunião para “seniores”, como se designam os idosos por aqui. Nesse centro eles e elas se reuniam para jogar cartas, dominó, outras formas de lazer, praticar ioga, fazer reuniões de interesse local, ou simplesmente para bater papo.

Acontece que a administração regional considerou cara a manutenção do prédio ( 60 mil euros por ano) e dispendiosa demais uma reforma que julga necessária, orçada em 2 milhões de euros. Então decidiu vender o prédio.

Foi a fagulha: em junho cerca de 300 freqüentadores – o caçula tem 65 anos – decidiram ocupar o prédio e resistir. Lá estão eles, nesse prédio da Stille Strasse – Rua do Sossego, ou do Silêncio – com seus colchões, dormindo no chão, fazendo revezamentos noturnos para que a administração regional não possa retomar o prédio, preparando cafés comunitários, refeições...

E chamando a atenção da cidade. Mais de 50 reportagens já foram feitas na mídia berlinense de todo tipo, além deles receberem moções de solidariedade de todo tipo, inclusive sob a forma de doações, sob a forma de frutas, alimentos, doces, e há até um restaurante local que doa refeições quentes para os “seniores – senhoras e senhores”.

A líder do movimento, Doris Syrbe, de 72 anos, garante que elas e eles vão ficar e resistir, até que uma solução seja encontrada. E sequer passa-lhe pela cabeça, pelo menos por ora, a remoção para algum outro prédio.

A mídia tem destacado que esse movimento assinala mudanças sociais importantes que estão ocorrendo na cidade. Depois de voltar a ser a capital da Alemanha, Berlim passa por um processo geral de encarecimento do custo de vida, tradicionalmente um dos mais baixos dentre as capitais européias, incluindo as do antigo leste. O preço dos aluguéis e da manutenção de imóveis tem aumentado, com a freqüência crescente de turistas, diplomatas, gente de negócios e até de estudantes. Berlim é uma das poucas cidades (com caráter de estado) na Alemanha onde o estudo superior permanece gratuito. Isso atrai estudantes de toda a Alemanha – que vêm morar nos bairros antes reservados predominantemente para imigrantes, trabalhadores e população pobre. Estes vão se deslocando para mais longe, e o preço dos aluguéis naqueles bairros começa a aumentar. Em seguida vêm os novos yuppies com seus ternos e carros caros – e condomínios fechados.

E a oportunidade da existência de prédios como o da Stille Strasse diminui.

Mas os velhinhos e as velhinhas da Stille Strasse anunciam que não vão desistir – no melhor estilo dos movimentos “occupy”, que, como se vê, não têm idade-limite.

sábado, 18 de agosto de 2012

Videos do Blog do Pedro tatu no youtube

Opa, se voce, leitor e leitora desse humilde blog quiser conferir uma listagem de videos importantes no youtube que ja foram publicados em posts por aqui eh soh acessar esse endereco aqui:
http://www.youtube.com/blogs/blogdopedrotatu

Ps: Descobri isso hoje! kkkk

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Lançamento do livro: Esporte e Lazer a Cidadania em construcao

Olá a todos e todas, 
Gostaria de aproveitar para convidar a todos e todas para o lançamento do terceiro livro de uma coleção Muito lega no qual tenho participado com pesquisador e autor de capítulos, além de organizado do segundo. Esse terceiro livro, Esprte e Lazer: a Cidadania em construcao êh fruto de 4 anos de pesquisa do Programa Esporte e Lazer da Cidade do Ministério do Esporte no Distrito Federal e entorno.
 Com muito orgulho, participo deste livro, apresentando o mesmo em conjunto com a Profa Dra Dulce Almeida, Coordenadora geral dessa pesquisa e minha eterna orientadora e também como co-autor de um capitulo em conjunto com os mestres, na melhor acepção da palavra, Edson Marcelo Húngaro, Juarez Sampaio e Roberto Liao.
 O lançamento será dia 23 de agosto (dia de retorno de minhas ferrias, as 18h30, no Caper Diem da 104 sul.
Espero encontra-los/as lá!

Abraços 
Pedro tatu


E aproveito Tb para convida-los para essa palestra bem bacana, com o consagrado sociólogo português José Machado Pais da Universidade de Lisboa!

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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Os deuses do Olimpo visitam o Rio de Janeiro


Dica de palestra na fef unb

A Faculdade de Educação Física e o Núcleo da Rede Cedes/UnB têm o prazer de convidar para a palestra:

A ginga no drible às contrariedades da vida: aproximações etnometodológicas

com o sociólogo português

José Machado Pais
Professor Doutor
Universidade de Lisboa

Data: 23/08/12
Horário: 10h
Local: Auditório da Faculdade de Educação Física
Universidade de Brasília

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Operário vai a Copa? Parte 3



Acidente fere quatro operários em obra do Estádio Nacional 

de Brasília (Mané Garrincha)

Estrutura de ferro e madeira despencou; 1 pessoa está presa nas ferragens.
Em junho, rapaz de 21 anos morreu ao cair de altura de cerca de 30 metros.

Do G1 DF

Um acidente no canteiro de obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, deixou pelo menos quatro feridos na tarde desta segunda-feira (6). Às 19h40, os bombeiros permaneciam no local à procura de uma pessoa que estaria soterrada pelos escombros. Segundo o Corpo de Bombeiros, três operários estariam em estado grave. Os feridos foram levados para o Hospital de Base.
De acordo com informações iniciais do Corpo de Bombeiros, a armação feita para sustentar uma das vigas de concreto do estádio despencou sobre os operários. A armação que atingiu as vítimas é feita de ferro e madeira.
Até as 18h45, o Consórcio Brasília 2014, responsável pela obra, não se pronunciou oficialmente sobre o acidente. De acordo com o consórcio, o turno da noite foi cancelado.
Helicóptero do Corpo de Bombeiros chega ao estádio Nacional Mané Garrincha para resgatar funcionários feridos em acidente nesta segunda-feira (6) (Foto: Káthia Mello/G1)Helicóptero do Corpo de Bombeiros chega ao estádio Nacional Mané Garrincha para resgatar funcionários feridos em acidente nesta segunda-feira (6) (Foto: Káthia Mello/G1)
Em junho, um operário morreu no canteiro ao cair de uma altura de cerca de 30 metros. O caso foi o primeiro acidente com morte nas obras do estádio, que vai sediar jogos da seleção brasileira na Copa das Confederações, em 2013, e na Copa do Mundo de 2014.
O operário tinha 21 anos e trabalhava na construção desde março como ajudante. Os bombeiros disseram que ele estava com parte do equipamento de segurança obrigatório, mas não especificaram o que faltava.
Ambulância do Samu deixa o estádio Nacional de Brasília após resgate a operários feridos nesta segunda (6) (Foto: Káthia Mello/G1)Ambulância do Samu deixa o estádio Nacional de Brasília após resgate a operários feridos nesta segunda (6) (Foto: Káthia Mello/G1)

Educação – Transtornos afastam docentes das salas de aula



Excesso de trabalho, falta de condições e decepção com o desinteresse dos alunos impactam na saúde de professores, segundo especialistas. Apenas no Distrito Federal, cerca de 2% dos profissionais não atuam devido a doenças emocionais.


Os sintomas tomaram conta da cabeça e do corpo lentamente, em um processo silencioso. Cansaço sem fim, irritação, choros compulsivos e desinteresse. As horas dentro de sala de aula passavam arrastadas, o amor pela profissão já não era o mesmo e acordar para ir trabalhar era cada vez mais difícil. Mesmo assim, a professora Geusilene Bonfim, 44 anos, custou a acreditar que estava doente. Aconselhada pela direção do Centro Educacional Caseb, onde trabalha até hoje, ela procurou um médico e foi diagnosticada com depressão. Geusilene ficou 11 meses afastada. Depois de mais de dois anos em tratamento, ela voltou à escola e trabalha atualmente no apoio à coordenação. Apesar da expressão quase sempre alegre, os olhos da professora ainda reservam uma certa tristeza. “Eu não tenho vontade de voltar a dar aula. Me sinto melhor agora, tem menos pressão”, considera.
O desgaste físico e emocional que Geusilene experimentou são sintomas da doença associada ao esgotamento profissional. Após tratamentos com psicólogos e psiquiatras, ela admitiu que a depressão foi desencadeada, especialmente, pelo desinteresse dos estudantes dentro de sala, pelas péssimas condições de trabalho e pela sobrecarga de serviço. A docente, que lecionava geometria e ciências para o ensino médio, chegou a dar aula para 14 turmas, com 57 alunos cada uma. “A depressão é um conjunto de fatores, mas o ambiente de trabalho influencia uns 90%. É desgastante demais e os professores ainda levam coisas para concluir em casa. A gente quer dar conta de tudo, mas isso vira uma bola de neve, que uma hora estoura”, justifica. A docente também garante que falta apoio da Secretaria de Educação. “Isso é um descaso. Meu tratamento foi todo particular e os medicamentos são caros”, relata. Os profissionais da educação atualmente no DF não têm plano de saúde, mas ganham R$ 200 mensais de auxílio-saúde.
Histórias como a de Geusilene se repetem em escolas de todo o país. No Distrito Federal, do quadro de servidores públicos, cerca de 2% estão afastados por transtornos emocionais. No Rio de Janeiro, 7 mil dos 64 mil professores ativos não dão aula atualmente pelo mesmo diagnóstico (veja quadro). Os transtornos emocionais também podem ser chamados de comportamentais, de humor ou mentais. São doenças como estresse agudo, depressão, síndrome do pânico, síndrome de burnout — quando o profissional, motivado pela estafa, desenvolve relação apática com o ofício —, estresse pós-traumático, transtornos de ansiedade, entre outros. O problema, porém, não é mensurável. Não existem números nacionais do Ministério da Educação (MEC). Os dados são resultado de pesquisas realizadas em algumas secretarias de Educação do país ou universidades. Muitos professores, inclusive, não aceitam que a doença pode estar associada ao trabalho.
Doutora no assunto, a psicóloga e professora da Universidade de São Paulo (USP) Renata Paparelli explica que o cenário atual é o grande responsável pelos problemas dos docentes. Segundo Renata, a escola hoje representa uma desestruturação de tudo o que o professor acredita. “A desvalorização do professor e do lugar de conhecimento, bem como as condições adversas, os baixos salários e uma jornada infinita de trabalho contribuem com as doenças”, analisa. As políticas públicas falhas da educação também corroboram para o desencantamento. “Hoje, os professores vivem um quadro de sucateamento da esperança”, condena a psicóloga. O professor de psicologia da educação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Antônio César Frasseto concorda. Segundo ele, durante a formação, o professor passa por muitas ilusões. “Quando ele chega à ponta, a situação é complexa. É preciso que haja interesse das secretarias em saber dessas doenças.”
Idealismo
Foi o que aconteceu com Norma*, 60 anos. A rotina pesada a que os professores brasileiros são submetidos se choca com o idealismo construído em torno da função de educador. Esse foi o motivo principal da depressão da docente de história, geografia e ensino religioso, no fim dos anos 1990. Depois de 15 anos lecionando, Norma tirou seu primeiro atestado médico. “Eu me entreguei à missão da educação, então eu não admitia que podia estar doente”, relembra, hoje, a bibliotecária.
A diretora do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) Neliane Cunha é categórica em afirmar que a ausência de condições decentes de trabalho leva à doença. “Quando o professor entra, pedem vários exames e ele não pode apresentar nenhuma doença grave. Ou seja, ninguém entra com transtornos mentais. O exercício do magistério adoece”, avalia. Para ela, os governos precisam desenvolver políticas públicas que contemplem a saúde do trabalhador. “Não fazemos greve à toa. As condições de trabalho são miseráveis e nem plano de saúde os professores têm”, argumenta.
A subsecretária de Gestão dos profissionais da educação da Secretaria de Educação do DF, Patrícia Jane Lacerda, garante que o governo tem feito um esforço para oferecer tratamento e qualidade de vida aos docentes. “A partir de 2013, teremos polos com ações preventivas para garantir saúde ao trabalhador”, explica. Segundo ela, a secretaria está debruçada sobre o tema e pretende entender o que afeta a saúde dos professores em sala de aula.
Violência contribui
Outro problema grave que contribui para os altos números de professores com transtornos psicológicos é a violência dentro das escolas. A Unesco, organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura, aponta que 30% dos afastamentos em escolas da rede pública no Brasil são motivados pela violência. Matéria publicada no Correio em 22 de abril denunciou o aumento das agressões contra docentes em sala de aula. No Distrito Federal, um terço dos profissionais já foi agredido. Em Brasília, a média chega a seis casos por semana. Em São Paulo, os relatos de agressão cresceram 40% nos últimos três anos. Em Minas Gerais, uma ocorrência de violência é registrada a cada três dias nas escolas privadas e públicas.
Rede particular também é afetada
Os transtornos psicológicos também têm chamado a atenção na rede privada de ensino. Dados do Ministério da Previdência Social apontam que, em 2010, 2.711 funcionários do setor estavam afastados por problemas de depressão, estresse, ansiedade, síndrome do pânico, entre outros. No ano seguinte, houve um aumento de 112 casos. A pasta só contabiliza afastamentos médicos superiores a 15 dias. Nos dois anos, o maior número de doentes estava nas redes privadas de ensino superior — quase 50%. Os funcionários da educação infantil e fundamental representam o segundo maior grupo, com 700 benefícios concedidos em 2010 e 745 em 2011.
Na avaliação do vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares do DF, Álvaro Moreira Domingues Júnior, o quadro não é recente, no entanto, se agravou nos últimos anos. Segundo ele, a profissão é muito exigida e o comportamento dos alunos tem se modificado bastante. “A escola tem que exercer o trabalho da família. As crianças têm excessiva permissividade e os limites precisam ser impostos pelos professores. Mesmo na rede privada, os salários também são motivo de desgaste. “Muitas vezes, o docente precisa trabalhar em mais de um colégio para manter um padrão de vida”, analisa. (PF)
Relação complexa
Estudo recente do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicou que pelo menos 19 tipos de tumores malignos, como os de pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga e leucemias, podem estar relacionados ao trabalho. No documento, a entidade fez um alerta para a reavaliação das políticas públicas dos ambientes de trabalho insalubres. De acordo com a responsável pela área de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente do INCA, Ubirani Otero, a determinação da causalidade do câncer com o ambiente profissional é subdimensionada pela dificuldade de se estabelecer uma relação entre os dois na consulta médica.
Fonte: Correio Brasiliense

Pós-graduação gratuita





A Universidade Federal Fluminense – UFF em parceria com a Universidade Aberta do Brasil-UAB comunica a abertura do edital para dois cursos de Pós-Graduação Lato Sensu Especialização a Distância, sendo um em Planejamento, Implantação e Gestão de Educação a Distância e o outro em Novas Tecnologias no Ensino da Matemática, com vagas para oPolo de Votuporanga (SP).
Período das inscrições: 23/07/12 a 12/08/2012.
Inscrições e mais informações direto no site: www.lante.uff.br

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

Prezados (as),

O Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação – DPP informa que estão abertas as inscrições para o Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero.

O Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero foi instituído em 2005 pela Secretaria de Política das Mulheres, no âmbito do Programa Mulher e Ciência , com o apoio do CNPq/MCTI, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - SECAD/MEC, Secretaria de Educação Básica - SEB/MEC e ONU Mulheres.

Consiste em um concurso de redações, artigos científicos e projetos pedagógicos na área das relações de gênero, mulheres e feminismos e tem por objetivo estimular e fortalecer a reflexão crítica e a pesquisa acerca das desigualdades existentes entre homens e mulheres em nosso país e sensibilizar a sociedade para tais questões.

Atualmente, é ofertado a cinco categorias:

a) Categoria Estudante de Ensino Médio - redações;
b) Categoria Estudante de Graduação - artigos científicos;
c) Categoria Graduado(a), Especialista e Estudante de Mestrado - artigos científicos;
d) Categoria Mestre e Estudante de Doutorado - artigos científicos; e
e) Escola Promotora da Igualdade - projetos para as escolas de nível médio.

O Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero é o operacionalizado pelo Serviço de Prêmios do CNPq e pela SPM.

As inscrições vão até dia 17 de setembro de 2012.

Maiores informações no link: http://igualdadedegenero.cnpq.br/igualdade.html

Atenciosamente,

Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação
Campus Universitário Darcy Ribeiro – Gleba A
Prédio da Reitoria - Sala B2-39 - Asa Norte
Brasília-DF    CEP 70.910-900
Fone: (61) 3107-0264
Fax: (61) 3307-2065
http://www.unb.br/administracao/decanatos/dpp/