sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

VAMOS VOTAR: FIFA COMO A PIOR CORPORAÇÃO DO MUNDO

Fifa concorre ao prêmio de pior empresa do mundo

Entidade é acusada de incentivar violações de direitos e mau uso de dinheiro público nos países que recebem Copas do Mundo

Toda organização sonha em receber prêmios de reconhecimento no mercado, de melhor empresa para se trabalhar, de transparência, entre outros. Contudo, uma condecoração, em geral, assusta qualquer instituição mundial. É o caso da Fifa, indicada ao prêmio de pior empresa do mundo em 2014. A menos de um ano do início da Copa do Mundo, no Brasil, a entidade máxima do futebol concorre a uma honraria inglória para a Federação.
Sob o comando do presidente Joseph Blatter, a Fifa, indicada após a onda de manifestações que assolou o país durante a Copa das Confederações, é acusada de incentivar violações de direitos e mau uso de dinheiro público nos países que recebem Mundiais, em favorecimento de empresas parceiras e com anuência de governos locais. 

Proposta pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop), rede que reúne movimentos e organizações sociais em todas as cidades-sede da Copa de 2014, o anúncio foi realizado pelos organizadores do Public Eye Awards, conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. A votação para o prêmio, inclusive, já foi aberta na internet e o resultado oficial será divulgado em janeiro do ano que vem. Segundo a Ancop, cerca de 200 mil pessoas foram despejadas de suas casas ou ameaçadas em função das obras para a Copa.

Criado em 2000, o Public Eye Awards é concedido anualmente no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sempre em janeiro. A organização vencedora é escolhida por voto popular em função de denúncias de problemas sociais, ambientais e trabalhistas. Em 2012, a mineradora brasileira Vale foi eleita pelo público por violações de direitos humanos e impactos ambientais causados por suas operações. Em 2013, a Shell, pelos mesmos motivos, foi a eleita do ano. Para 2014, a FIFA concorre ao inglório prêmio com empresas como o banco HSBC, a loja GAP, a petrolífera Gazprom e a produtora de sementes e agrotóxicos Syngenta.

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