domingo, 28 de setembro de 2014

SER SOCIAL: Artigos sobre as políticas de esporte e lazer

 Revista SER Social acaba de publicar seu último número em
http://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social. Convidamos a navegar no
sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.


Destaque para o artigo de Wagner Matias sobre o Programa Esporte e Lazer da Cidade e a divulgação da Tese de Pedro Fernando Avalone Athayde sobre a Política Esportiva no Governo Lula!

 Revista SER Social
v. 16, n. 34 (2014): Política Social: Debates Contemporâneos
Sumário
http://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/issue/view/968

Sumário
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Revista do Programa de Pós-Graduação em Política Social Departamento de
Serviço Social Universidade de Brasília (6)
        Sumário SER Social Brasília

Editorial
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Editorial (9)
        Editorial SER Social

Artigos Científicos - Temáticos
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Desigualdades persistentes e violações sociais ampliadas / Persistent
inequalities and social violations expanded (13)
        Potyara A. P. Pereira,        Camila Potyara Pereira
O Poder Judiciário e o Serviço Social na judicialização da política e
da questão social / Judiciary Power and Social Work in the judicialization
of policy and of social question (30)
        Vânia Morales Sierra
Opressão social e violência sexual contra crianças e adolescentes /
Social oppression and sexual violence against children and adolescents (46)
        José Leon Crochík1
Da omissão denunciada: negligência intrafamiliar contra crianças e
adolescentes no Creas/Mossoró-RN / The omission denouced: intrafamiliy
negligence against children and adolescents in the Creas/ Mossoró-RN (65)
        Gláucia Russo,        Juliana Dantas,        Jéssica Nogueira,        Hiago Trindade
Desafios da construção de um novo ator político: a sexualidade
adolescente nas percepções de conselheiros de direitos / Challenges for
the construction of a new politic actor: adolescent sexuality at the
perceptions of rights counselors (91)
        Vanessa Leite
Participação da criança na promoção de seu direito à saúde: a visão
de especialistas / Children’s participation in the promotion of their
right to healthcare: the vision of specialists (115)
        Jamile Silva Guimarães,        Isabel Maria Sampaio Oliveira Lima Maria
Política social de esporte e lazer no governo Lula: o Programa Esporte e
Lazer da Cidade / Social policy of sport and leisure in Lula government:
Program the Sport and Leisure City (134)
        Wagner Matias
Apontamentos sobre a educação universitária e os cursos particulares de
Serviço Social no Brasil / Notes on University Education and Private
Courses in Social Work in Brazil (162)
        Rodrigo Silva Lima
A experiência da Comissão de Educação do Conselho Regional de Serviço
Social do Rio de Janeiro / The experience of Education Commission of the
Regional Council of Social Service of Rio de Janeiro (187)
        CRESS RJ

Resenhas
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Questão Social: particularidades no Brasil, de Josiane Soares Santos (209)
        Michelly Ferreira Monteiro Elias

Entrevista
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Política Social: debates contemporâneos (216)
        Josiane Soares Santos,        Marlene Teixeira Rodrigues,        Reginaldo Guiraldelli

Resumos de Teses/Dissertações
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Títulos dos Resumos de Teses e Dissertações / Tesis and Dissertation
Abstract (221-231)
        Maria Cecília Sobral de Paiva,        Fabiana Esteves Boaventura,        Pedro Fernando
Avalone Athayde,        Joseane Rotatori Couri,        Júlia de Albuquerque Pacheco
Normas Editoriais (233)
        Normas Editoriais
CONSULTORES AD HOC DA REVISTA SER SOCIAL (240)
        CONSULTORES AD HOC REVISTA SER SOCIAL

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SER Social
http://nit.bce.unb.br/seer/index.php/SER Social

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FOLHA DE SÃO PAULO: RACISMO INFANTE

(Por Pedro Osmar Flores de Noronha Figueiredo - Tatu)

Racismo institucionalizado....
Instituto do Racismo....
Ensina-se com carinho,
para as crianças inocentes:
Que fofinhos esses gatinhos!...
O branco é legal...
O preto é marginal!
Racismo institucionalizado
instituindo o racismo
nas crianças inocentes!


Inspirado no
Publifolhinha: "As cores", Xavier Deneux




terça-feira, 23 de setembro de 2014

ESPAÇO VIVO: FUTEBOL E HOMOFOBIA


Por Carlos Augusto Peres
Colaboração: Elizabeth Queijo

Para nós, torcedores do São Paulo, hoje a derrota foi dupla: dentro e fora de campo!
Sou são-paulino de coração, e fiquei muito mais triste com essa notícia do que com a derrota do meu time.
Como é raro ver as palavras das pessoas saírem do mero discurso e irem pra prática. Aposto que, no discurso, muitos desses torcedores não se consideram homofóbicos, assim como provavelmente não se consideram racistas. E é por não se considerarem que de fato o são, em suas práticas mais cotidianas.
Será simplesmente uma piada ou brincadeira chamar o torcedor do time adversário de "bambi" ou "gaivota"? Quem estamos realmente ofendendo? Por quais razões ser "bambi" ou "gaivota" seria pejorativo? O que há de errado em ser homossexual?
Pois é, nossas pequenas ações cotidianas, piadinhas, brincadeiras, aquelas "coisas do futebol", são ações práticas de uma homofobia que muitas vezes não reconhecemos, mas que fere e mata. Como sequer reconhecemos, não achamos necessário lutar pelos direitos dessa minoria, e é por isso, por exemplo, que até hoje homofobia não é crime.
Todos os dias pessoas apanham e são assassinadas por serem diferentes do """padrão normal""" (entre todas as aspas). Torço para que um dia as torcidas como a Bambi Tricolor e a Gaivotas da Fiel consigam mudar o mundo (não só do futebol), livrando-nos de toda essa caretice e babaquice.


Após Corinthians pedir fim do grito de "bicha", torcida são-paulina faz provocação homofóbica em Itaquera antes do clássico. Leia: http://oesta.do/1utfOJ5

Foto: Reginaldo Castro

terça-feira, 2 de setembro de 2014

AMANHÃ: II Seminário de Educação Física escolar do SINPRO-DF

II Seminário de Educação Física acontece nos dias 03 e 04 de setembro


O Sinpro realiza nos dias 03 e 04 de setembro, no Teatro da Escola Parque 308 Sul, o II Seminário de Educação Física Escolar. Este ano a atividade terá como tema O papel da Educação Física no processo de formação escolar. As vagas serão limitadas em 300 inscrições e podem ser feitas pelos professores sindicalizados e da área de Educação Física no link http://www.sinprodf.org.br/seminario-educacao-fisica/, ou pelo telefone 3343-4209.
O evento será mais um importante passo para a organização dos professores e professoras de Educação Física do DF, principalmente pela existência de questões urgentes na configuração do papel do componente curricular da Educação Física no contexto escolar, tais como: o Currículo em Movimento da SEEDF, a tentativa de atuação do Sistema CREF/CONFEF nas escolas públicas do Distrito Federal, a construção/consolidação da Educação Física nos anos iniciais do Ensino Fundamental e o papel da Educação Física e da Cultura Corporal no Currículo e nos diversos Projetos e Programas da SEEDF.
Os professores de Educação Física inscritos no Seminário terão o afast garantido pela Secretaria de Educação do DF. É importante lembrar que o afast será liberado no dia 03 para os professores do noturno e no dia 04 para os do diurno.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Artigo de opinião: 1º de Setembro – o dia inventado pelo CONFEF/CREF

Pela Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física (EXNEEF) 
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A ExNEEF vem por meio desta nota repudiar as ações truculentas do sistema CONFEF/CREF ao longo dos seus 15 anos de existência. E dizer que o nosso dia, dos professores de Educação Física é o 15 de outubro.
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O Sistema CONFEF/CREF surgiu em 1998 numa brecha de lei, que possibilitava a criação de conselhos privados, em seus seis artigos define o que seria a profissão e regulamenta, no sentido de reserva de mercado, a profissão da Educação Física. Ao longo dos anos interviu na formação dos estudantes de Educação Física, ajudando a construir as diretrizes curriculares que confunde a educação física em áreas distintas – licenciatura e bacharelado. Auxiliou na grande mentira da área que é afirmar que o licenciado não pode atuar fora da Escola. Além de autuar de forma truculenta e policialesca sobre profissionais qualificados que estão na academia, nos clubes e tem o título de licenciado.
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O MEEF em seus fóruns e a partir de muito estudo já dizia que o licenciado está amparado legalmente e pode atuar tanto dentro, quanto fora da Escola, desde que o curso de licenciatura siga as diretrizes curriculares nacionais para as licenciaturas (Resolução 01 e 02 de 2002) e as diretrizes curriculares nacionais para Educação Física (Resolução 07 de 2004). Através de processos coletivos tivemos vitórias importantes em conjunto com o Movimento Nacional Contra a Regulamentação do Profissional de Educação Física (MNCR) e outros segmentos da área, em Goiás, na Bahia, no Espírito Santo.
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Esse dia inventado pelo Sistema CONFEF/CREF não representa a categoria profissional da Educação Física. Somos professores em todos os lugares em que atuamos e compreendemos que essa data representa um grande retrocesso na nossa área. Reserva de mercado não depende de Conselho Profissional, ainda mais quando o mesmo tenta fragmentar os trabalhadores, tenta restringir o acesso ao conhecimento daquele que tua dentro ou fora da Escola.

Compreendemos que a Educação Física é uma área ampla, que ter intervenção na saúde, na educação, no treinamento, no lazer e defendemos que todos os futuros trabalhadores tenham acesso a ampla gama de conhecimentos que compõe nossa profissão. Por isso afirmamos, num marco político, que esse dia não nos representa, que nosso dia é 15 de outubro com todas as outras categorias profissionais de professores e que esse dia é uma invenção para comemorar o retrocesso que foi a criação desse conselho.

Fora Sistema CONFEF/CREF!
Enganando a sociedade, sucateando a profissão!

Pela Regulamentação do Trabalho!

Em defesa da profissão da Educação Física – Educação Física é uma só! Formação Unificada JÁ!

Artigo de opinião: Sob o Peso de 1º de Setembro

Todo ano, no dia 1º de setembro, vários amigos e amigas me parabenizam pelo dia do Profissional de Educação Física (Sabem de nada, inocentes)! Se bem que cada vez mais isso acontece com menos intensidade! Família e amigos/as já sabem que fazer isso não é uma boa! Afinal, já são 16 outonos que estamos nesta labuta! Aos que ainda não sabem, não gostamos no Sistema CREF/CONFEF. Não gostamos, simplesmente por ser esta, uma entidade, conservadora, retrógrada, corporativista, inconsequente, ignorante e gananciosa! 

Е todo ano, exponho neste blog pontos de vista sobre essa relação trabalhadores e Conselho Profissional.Este ano, vai o artigo de meu amigo, Professor Jonatas Maia (UnB). Agradeço também a dica de Rodrigo Galego e do blog http://www.alemdasquadras.com.br, onde o artigo de opinião foi publicado originalmente!


Sob-o-peso-do-1º-de-setembro

Sob o peso do 1º de setembro
Na data em que se comemora o dia do Profissional de Educação Física, vale a pena refletir sobre o que tem sido feito pelo conselho que diz representar a profissão.
O 1º de setembro passou a ser uma data polêmica para nós da Educação Física. Isso porque nela passou-se a celebrar o “dia do profissional de Educação Física”. Para o imaginário coletivo e para todos que não são da área, nada mais comum do que um dia representativo para uma profissão, haja vista o Brasil ter dias comemorativos bastantes incomuns, como é o caso do dia dos goleiros (26 de abril), dia dos carecas (14 de março) e dia dos vestibulandos (24 de maio). O fato é que no Brasil o ano está repleto dessas datas que de alguma forma procuram celebrar algo, coisa, fenômeno, em que se acredita ser relevante. Portanto, nada mais natural do que a destinação de um dia para uma profissão tão importante, como é o caso do de “Educador Físico” (não seria melhor Professor?). 
Por que então haveria o 1º de setembro ser uma data polêmica para os indivíduos que labutam na Educação Física? Vamos por partes. A simbólica data é o exato dia em que o presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998, sanciona a Lei 9696 que dispõe sobre a regulamentação da profissão de Educação Física e cria os Conselhos Regionais e Federal de Educação Física, que viriam a se estabelecer como o sistema CREF/CONFEF. Lançava-se ali o germe do corporativismo na Educação Física que passava então a reclamar seu espaço privativo no mercado de trabalho e lançar mão de inúmeras estratégias de promoção de uma corrente de arrecadação econômica na lógica da coação.
Num primeiro momento é difícil esclarecer para quem não é da área os porquês de um conselho profissional não encontrar legitimidade junto a sua própria classe, afinal de contas, todo trabalho requer regulação e a sociedade precisa ter nos conselhos profissionais uma instituição que atesta a qualidade de serviços prestados. Além disso, os conselhos profissionais geralmente possuem credibilidade junto à opinião pública porque estão atentos aos grandes debates da sociedade que atravessam a sua especificidade. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) talvez seja a maior expressão disso. Uma rápida passagem no site CFESS (Conselho Federal de Serviço Social) e pude ver campanhas de natureza política e ações que acompanham os anseios da sociedade (“Na Copa, comemorar o quê? Nosso grito é por saúde pública de qualidade” – essa era umas das chamadas do site). No mesmo site uma campanha para fortalecer lutas sindicais em prol de piso salarial para os trabalhadores do serviço social.  Continuando a “navegar” pude perceber a chamada da nova edição da revista científica “Ciência e Profissão” no site do CFP (Conselho Federal de Psicologia), periódico dos mais respeitáveis da área acadêmica de psicologia. O que quero demonstrar, com esses exemplos, é o alcance e a visão ampliada de formação profissional que estes conselhos procuram traduzir em suas atuações ao contrário do que o sistema CREF/CONFEF vem realizando ao longo desses pouco mais de 15 anos.
A grande diferença do sistema CREF/CONFEF em relação a outros conselhos está na sua perspectiva de atuação, que se dá basicamente em função da arrecadação por meio das “cédulas profissionais” (os CREF’s), e, a tornar o trabalho dos profissionais de Educação Física um mero produto, que se quer vender, mas que antes, precisa-se “comprar” a “licença de vendedor”. Voltando ao 1º de setembro: talvez seja coisa da “divina providência” ou, para os mais céticos, mera coincidência, mas saibam vocês que neste mesmo 1º de setembro também se comemora o “dia do caixeiro-viajante”!  É o famoso mascate. Profissão das mais antigas e que consistia na pessoa que vendia produtos em localidades distintas de onde a mercadoria era produzida. É a mais pura verdade. Vejam vocês quantas informações estão aí na internet…
Dito isto, uma reflexão é possível. O sistema CREF/CONFEF tem contribuído de forma pouco significante para o desenvolvimento profissional em Educação Física no Brasil. Suas ações isoladas de formação ou de eventos pouco reverberam na profissão. A maior parte das histórias que ouço (e que presencio) são aquelas que revelam a coerção do profissional, a ingerência no trabalho e as lutas jurídicas sempre com o objetivo de alargar o quantitativo de “crefados” e dessa forma se empoderar economicamente. A mais recente ação na qual presenciei, no Distrito Federal, foi a liminar que obrigou todos os professores de Educação Física recém-aprovados no último concurso da Secretaria de Educação do Distrito Federal a terem o CREF para tomar posse, mesmo isto não estando determinado em edital. Um tempo atrás, orientando estudantes de Educação Física que estavam num exercício de pesquisa no campo do esporte, ouvi de um fiscal do CREF que estes estudantes não poderiam participar de atividades docentes porque como não tinham a “carteirinha do CREF” eles estariam colocando em risco à integridade física dos sujeitos envolvidos naquela prática esportiva que estava sendo investigada (a abordagem metodológica de pesquisa requeria dos estudantes-pesquisadores a máxima aproximação de seu objeto). A fala do agente do CREF é reveladora de uma sutil ignorância e corrobora com a ideia de contribuição insignificante e rasa na formação do profissional, citado anteriormente, como se a excelência do “serviço prestado” está condicionado a apenas ter o registro (ser crefado).             
O que se discute aqui não é a validade ou não de ser regido por um conselho da área, mas sim a forma como este conselho trabalha, visando muito mais uma ação fiscalizadora do que uma ação formativa no intuito de legitimar e capacitar profissionais para novos tempos na profissão. A visão reducionista do sistema CREF/CONFEF sobre os rumos que um conselho profissional deve tomar para o desenvolvimento de uma profissão tem, até aqui, determinado a sua condição de instituição pouco reconhecida por uma parte significativa de profissionais da área. Sua ascensão se dá apenas por mecanismos coercitivos, fato que fragiliza ainda mais sua legitimidade. É necessária uma mudança radical na forma de atuação do sistema CREF/CONFEF. A principal delas tem a ver com a mudança de perspectiva na visão do trabalho do profissional de Educação Física que, em sua gênese, está organicamente centrada no papel educativo do trabalho (Ser Professor). Mesmo agora com a divisão da formação – licenciatura e bacharelado – o elemento fundamental de atuação inerente a essas duas modalidades, é o de atender por meio das diversas manifestações de práticas corporais, a educação dos sujeitos de sua prática. E se for verdade mesmo aquilo que o sistema CREF/CONFEF quer na celebração desse 1º de setembro (“Formando pessoas para transformar o mundo!” – esse é o lema estampado em seu site), será necessária tal mudança, pois o princípio de uma educação transformadora é aquela que promove emancipação. Assim, quando ensinamos alguém a correr, é para que um dia a gente veja este alguém correr sozinho! Do contrário, é melhor esperar e continuar a celebrar nosso dia em 15 de outubro: Dia dos Professores.
Jonatas Maia